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Praias  | 07/02/2011 12h59min

Atração em Cidreira, Teatro Teleco corre o risco de deixar a cidade

Viúva do fundador espera que o público aumente com preço promocinal de ingressos

Instalado na Avenida Osvaldo Aranha, no centro de Cidreira, o Teatro Teleco deverá encurtar a sua temporada no Litoral Norte. A baixa procura do público pelos espetáculos do circo, fundado há 39 anos, faz a viúva de Antônio Edir Machado, o Teleco, pensar em deixar o município em duas semanas. Tiana Machado, 68 anos, desabafa contra a falta de apoio da prefeitura e o preconceito enfrentado pela família.

— O circo chega e já é mal visto por todo mundo. Existe muita discriminação, não nos dão nem água, não oferecem nada. A minha família é toda do circo. Meus filhos, meus netos, todos se criaram aqui dentro. A prefeitura só nos cobra. Querem alvará, querem sei lá o que. Mas não nos oferecem nada. Nem luz a gente tem — lamenta.




A ausência de espectadores fez com que os shows e peças do Teatro Teleco tivessem o preço reduzido de R$ 7,50 para R$ 5. Tiana espera que o público aumente com os valores promocionais.

— Vamos ver se agora melhora um pouquinho. Se não der, vamos ter de ir embora mesmo. É muito difícil fazer circo com tanta discriminação e falta de apoio, mas não vou desistir — afirma.

O diretor-geral de Turismo de Cidreira, Rodrigo Neto, afirma que a prefeitura fez o que pôde para auxiliar o circo.

— O que a gente podia fazer, a gente fez. A luz, não tínhamos como ceder, porque é responsabilidade da CEEE. A água, eles tinham de pedir a ligação para a Corsan. Cedemos a área porque é uma atração turística a mais para o município — explica.

ZERO HORA
Juliano Rodrigues / 

Circo, fundando há 39 anos em Cidreira, sofre com ausência de apoio, segundo Tânia Machado
Foto:  Juliano Rodrigues


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