| 04/02/2011 20h32min
Um forte temporal provocou alagamentos, destelhamentos e deixou mais de 23 mil consumidores sem luz na tarde desta sexta-feira na Região Metropolitana. Diversas famílias estão desalojadas em Alvorada, onde pelo menos dois arroios transbordaram. As localidades da Tijuca, Intersul e Nova Americana foram as mais prejudicadas.
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De acordo com o comandante interino do Corpo de Bombeiros, André Dimut, há muitas árvores tombadas e ruas alagadas. A prefeitura ainda trabalha no levantamento para contabilizar o número de famílias desalojadas.
Em Viamão, a enxurrada também provocou alagamentos. Os bairros mais atingidos foram Vila Cecília, Centro e Vila Augusta. Houve relato de vento forte na localidade de Passo do Vigário, no interior do município. Algumas casas foram destelhadas e diversas árvores foram arrancadas.
Por volta das 21h ainda havia mil clientes sem luz em Viamão, do total de 23 mil que registraram problemas na durante a tarde na Região Metropolitana. De acordo com a CEEE, o motivo da falta de energia elétrica seria a queda de galhos de árvores na fiação.
Em Gravataí, também houve registro de alagamentos, principalmente no Centro da cidade.
Enquanto o temporal atingia a Região Metropolitana, em diversos bairros de Porto Alegre havia sol. Houve problemas apenas em alguns pontos da Zona Norte como o bairro Parque dos Maias e no no bairro Rubem Berta, onde um galho caiu e deixou 5,9 mil consumidores sem luz. Nas regiões centro, leste e zona sul de Porto Alegre houve a formação de nuvens pesadas, porém, não choveu.
Susto em Viamão
O pintor Evandro Luiz Gonçalves, 40 anos, morador da localidade de Passo do Vigário, em Viamão, estava em casa com seus cinco filhos quando o temporal começou. Segundo ele, havia nuvens escuras e muito baixas, que pareciam andar em círculo.
— Quando o vento começou, corri para dentro de casa. Parecia que sugava tudo o que estava pelo chão. Não conseguia nem fechar a porta da casa de tão forte que era o vento. O barulho era tão forte que parecia um avião passando por cima da casa.
Gonçalves estava com seus cinco filhos em casa. Todos se esconderam embaixo das camas e mesas para tentar se proteger. Várias telhas da casa do pintor foram arrancadas e a água da chuva molhou praticamente todos o móveis e eletrodomésticos da cozinha.
— O prejuízo não foi tanto, mas foi um grande susto — afirmou.