Verão | 04/02/2011 17h06min
Sol, céu azul, temperatura de 30ºC e vento que não passa de 15 Km/h. Com tudo isso, a areia vira uma verdadeira frigideira. Não há quem não goste de um dia assim na beira da praia. Mas, para aguentar uma tarde como a dessa sexta-feira na orla, só seguindo a orientação de especialistas e se mantendo sempre muito hidratado. O problema é que manter algum líquido no mínimo fesquinho se torna um verdadeiro desafio com todo esse calorão. Nas areias de Capão da Canoa, os veranistas têm seus truques.
O eletricista Ricardo Farias, 34 anos, de Mata, na região central, usa a alternativa mais comum: a caixa térmica. Tanto nessas caixas de plástico vedadas como nos isopores, é preciso de gelo no seu interior. Assim, a bebida fica gelada. Mas só enquanto há gelo ali. Farias, já está quase indo embora da praia. Afinal, dentro de sua caixa há algumas poucas latas e garrafas que vão esquentar em instantes.
– Olha só. Já está só com água aqui dentro – brinca.
A professora Eloir Cabeleira, de 58 anos, mora em Capão e recebe os amigos de São Borja. Adepta das caixas, ela ainda dá outras dicas:
– Dá para deixar gelada, sim. Primeiro: coloca na sombra. Segundo: toma bem rapidinho – explica.
Já Luciano Matte, 29 anos, e seus amigos de Porto Alegre não trouxeram nem caixa, nem isopor. Para garantir a cerveja gelada, escolheram um quiosque que oferece uma espécie de "serviço especial na areia". São potes de plástico improvisados com muito gelo entre as latinhas. Mas, se nos recepientes térmicos o gelo vai rápido, imagina em potes improvisados?
– Ah, mas aí é só pedir mais gelo para o garçom do quiosque – completa.
Garçons de quiosques improvisam com potes e gelo
Foto: João Vitor Santos
O industriário Roberto Rossi, 28, de Porto Alegre, é adepto das sacolas térmicas. Elas seguem a mesma lógica que as caixas. Para economizar, ele traz as bebidas e o gelo tudo de casa. E para gelar ainda um pouco mais até beber o refrigerente ou a água, ele usa um copo térmico com um cubo gigante de gelo. E o copo vai passando de mão em mão, entre ele e suas companheiras de guarda-sol.
Copos térmicos são também uma opção
Foto: João Vitor Santos
Logo ali do lado, no guarda-sol da técnica de enfermagem Solange Bacelar, 46, o grupo de amigos de Porto Alegre tem o mesmo desafio de manter a bebida gelada. Só que ela está inerte a toda essa discussão. Para ela, quanto mais quente a areia, melhor. Não quer saber de água, refrigerante, água de coco, caipira ou cerveja. Prefere o chimarrão para matar a sede.
– Prefiro assim. O chimarrão parece que mata mais a sede. E não me dá nenhum calor – explica.
Para Solange não tem estresse. Ela vai de chimarrão
Foto: João Vitor Santos
São as coisas que só acontecem em praias de gaúchas. Enquanto alguns suam e secam gelo, outros se refrescamm tomando chimarrão.
Caixas térmicas como as do eletricista Ricardo Farias, 34 anos, são a técnica mais utilizada na praia
Foto:
João Vitor Santos
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