O verão é, sem dúvida, a estação do ano na qual mais se tem gastos. Presentes de Natal, festas de final de ano, impostos como IPTU e IPVA, material escolar, férias. Com tantos itens, é difícil não acabar estourando o orçamento nessa época. Mas, com um pouco de organização e planejamento financeiro não é impossível manter as contas em dia e ainda economizar um pouco.

O consultor financeiro Kleyner Petró afirma que, em primeiro lugar, é importante tomar cuidado com alguns vilões:

– As pessoas têm que evitar algumas armadilhas. O cartão de crédito é uma delas, pois como a fatura vem uma vez por mês não se sente o gasto na hora. É importante já contar com ele no momento da compra. O parcelamento também é um problema, acaba-se esquecendo de contar com o valor total da despesa.

A dica do especialista é que as compras sempre sejam feitas à vista e que se tente negociar um valor mais baixo. Se não for possível, o ideal é o cheque, pois ele obriga a pessoa a descrever a compra. O controle das despesas é fundamental para que se possa medir o poder de compra, ou seja, quanto é possível gastar nas férias sem passar o resto do ano apertado.

– O planejamento mensal é essencial, porém, o anual também deve ser organizado. Não dá para deixar para pensar nestas despesas esporádicas de verão só no final do ano. Elas têm de estar previstas para evitar surpresas. O décimo terceiro pode ser usado para isto, por exemplo. É muito comum a pessoa sair de férias sem programar as despesas e acabar gastando tudo e voltando sem dinheiro.

Para se organizar o ano todo, o ideal, de acordo com Kleyner, é controlar as despesas durante pelo menos dois ou três meses, anotando todos os gastos.

– Fazendo isso, fica mais fácil saber onde economizar quando se quer guardar dinheiro ou viver de uma forma mais confortável – explica.

Para quem chegou nessa temporada sem poder gastar muito, algumas dicas podem ser valiosas. Em vez de ir ao cinema e gastar em ingresso, pipoca e estacionamento, prefira locar um filme para ver em casa. Se quiser aproveitar as férias para fazer atividades culturais, procure pelas gratuitas ou baratas: a maioria dos museus tem um dia de entrada isenta, por exemplo.

– O restaurante é um vilão moderno, porque as pessoas acabam gastando bastante sem se dar conta. Se está com a família reunida nas férias, vale a pena fazer uma janta diferente em casa, por exemplo.

A sugestão vale também para quem está em uma casa de praia que tenha cozinha. Já quem vai viajar e ficar em um hotel, deve contar com o fato de o estabelecimento ter ou não café da manhã.

– Ele pode ser um "brunch" que substitui o almoço. A regra é ser criativo – finaliza o consultor financeiro.