Clima | 23/01/2011 12h05min
Praia cheia é sinônimo de muito trabalho para os salva-vidas, que têm de redobrar a atenção com os banhistas. Ontem, mesmo com tempo ruim, 19 pessoas foram resgatadas do mar no Litoral Norte. Até o final da manhã deste domingo, a Operação Golfinho havia registrado oito salvamentos em todo o Litoral Norte. E a equipe de resgate trabalha para manter o número baixo ao longo do dia.
Pouco antes das 11h, o salva-vidas Wilson Yansen buscou bandeiras para fazer as marcações na praia. Elas servem para orientar os banhistas sobre locais onde há mais risco. Segundo Yansen, em dias como o de hoje, em que há uma indefinição sobre a direção dos ventos, o mar acaba criando os chamados retornos. É quando numa área da água faz um movimento de vai-e-vem com forte repuxo. Nesses casos, além da bandeira amarela, sinalizando mar perigoso na guarita, é preciso fixar bandeiras na beira da praia.
— Se o banhista vê uma só bandeira, ele deve contar 50 metros para cada lado. Essa é a área perigosa. Se ver duas bandeiras, a área de maior risco está entre elas — explica o salva-vidas.
Isso ocorre quando os ventos demoram a definir sua direção. Hoje, durante o período de uma hora, o vento passou de Leste para Sul. Depois Oeste e, por volta das 11h, já estava de Sudoeste. A velocidade não supera cinco quilômetros por hora.
—Por isso que o mar fica assim. Temos que nos adiantar. Hoje de manhã, oito pessoas quase caíram nessas áreas de risco. Se caírem e furem puxados, não voltam.
E o resgate é complicado. Deve ser feito com cabos e boias. Por volta das 11h15min, os termômetros marcavam 29 graus em Capão da Canoa e, apesar de algumas nuvens, os sol estava forte.
O salva-vidas Wilson Yansen colocou bandeiras à beira-mar para orientar os banhistas sobre os locais de perigo
Foto:
João Vitor dos Santos