Grande parte das praias do Litoral Norte possuem leis – muitas vezes antigas – que proíbem a permanência e a circulação de animais na beira da praia. Como não é raro ver cachorros circulando ou até passando o dia com seus donos na orla, abrimos um canal de participação para que nossos leitores revelassem se concordam ou não com a determinação.

Outros internautas já opinaram. Dê a sua opinião

A maioria dos participantes concorda com a proibição. Muitos defendem que, além das medidas educativas que as prefeituras vêm adotando para informar os veranistas e moradores que não cumprem a lei, as penalidades previstas deveriam ser aplicadas. É o caso de Jeanine Pedroso, de São Leopoldo:

– Acho válida a ação educativa, afinal, tem que se começar de alguma maneira a fazer com que as pessoas entendam o significado da placa que diz "Proibido cachorro". Só acho que, infelizmente, não vai adiantar muito. Acho que somente aplicando multas, sim, é que essa proibição, de fato, vai funcionar.

A moradora de Tramandaí, Denise Klaveren, concorda que a multa seria mais eficaz e alerta para a questão de segurança dos veranistas.

– Acho que a lei deve ser bem rigorosa neste sentido. Tenho crianças e o risco é tremendo, inclusive levam animais feroses a beira mar. Creio que devem ser multadas as pessoas que insistem.

Jocélia Matilde Lopes, de Porto Alegre, também destacou a questão da higiene e transmissão de enfermidades, que foi bastante comentada no mural.

– Adoro animais, no entanto, eles não combinam com areia e praia. Não podemos esquecer a questão da higiene e que na areia podemos contrair várias doenças, além disso, muitas crianças nessa época brincam na areia, estando expostas a riscos pelos dejetos dos animais.

Já a maioria dos leitores que discorda da determinação ressaltaram que muitas vezes as pessoas sujam mais a orla do que os animais de estimação.

– Não concordo. Tem que proibir as pessoas de levar comida e deixar os restos na areia. O que o dono do animal deve fazer é evitar que este incomode as pessoas do lado – disse Paulo Morais, de Porto Alegre.

– Não concordo com a proibição. A maioria dos seres humanos "civilizados" e teoricamente "educados" que frequentam as nossas praias as deixam em uma situação deplorável de sujeira, trazendo problemas muito maiores do que o simples contato dos animais domésticos com a areia das praias – revelou Cesar Leonhardt, também da Capital.