| 18/01/2011 11h00min
Cerca de três horas depois de começar a viagem rumo à região serrana do Rio de Janeiro, o comboio do 3º Batalhão de Engenharia e Combate, de Cachoeira do Sul, parou em Porto Alegre para falar das expectativas que cercam a missão. Segundo o capitão Rogério Lanzelote, os 44 militares que integram o grupo já trabalharam na reconstrução de outros Estados devastados pelas chuvas. Em junho de 2010, eles construíram uma ponte na cidade de Garanhuns, em Pernambuco.
— Todo o pessoal já participou de alguma forma de uma missão parecida com essa. A gente está pronto para chegar lá e montar a ponte, agora a gente só precisa ver o local exato — conta Lanzelote, ao acrescentar que, dependendo do tamanho da ponte e das condições climáticas, a estrutura pode demorar até seis dias para ser finalizada.
Nas próximas horas, o comboio deve parar para almoçar em Osório. A previsão é que os militares cheguem ao Rio de Janeiro na sexta-feira para montar uma ponte com capacidade de transpor vãos de até 60 metros e suportar 55 toneladas de carga.
Conforme Lanzelote, o grupo está "muito motivado" com a chance de ajudar o estado fluminense.
— O pessoal está pronto para cumprir essa missão e poder restabelecer o tráfego na Região Serrana e dar apoio à população que está vivendo essa tragédia — afirmou.
Natural do Rio de Janeiro, o capitão Lanzelote é familiarizado com a Região Serrana e, embora chateado e abalado com a tragédia, diz estar preparado para o cenário que vai encontrar:
— Temos a nossa formação baseada em estar sempre prontos nos momentos difíceis, trabalhando e fazendo o que aprendemos a fazer. A gente fica chateado e abalado, mas tem que estar pensando que a gente consegue fazer o melhor possível.
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Militares de Cachoeira do Sul pararam em Porto Alegre antes de seguir a viagem de quatro dias para o Rio de Janeiro
Foto:
Ronaldo Bernardi