Verão | 28/12/2010 03h44min
A areia fina que durante quatro décadas ficou escondida sob o Baronda, ponto de referência para os veranistas de Capão da Canoa, no Litoral Norte, hoje abriga veranistas. Os restos do prédio de 1,4 mil metros quadrados, demolido no dia 15, transformaram-se em área de visitação e começam a ser ocupados por guarda-sóis.
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do Baronda até a destruição
Ao todo, foram retirados mais de 200 caminhões de entulho do local, que um dia chegou a servir 700 jantares e foi palco de casamentos e shows. Hoje, quem circula por ali ainda encontra algumas pedras e restos de cimento na areia. A mudança na paisagem, com a ampliação da área à beira-mar, chama a atenção.
Uma fotografia de 2002 guardada nos arquivos de Zero Hora, mostra o Baronda já em seus tempos decadentes. Segunda-feira, ZH voltou a local e fez nova foto, para retratar as alterações.
Fotografia de 2002 mostra o Baronda já em decadência
A imagem atual, que mostra um vazio no lugar do antigo prédio, passa longe daquela que o aposentado Gentil dos Santos, 58 anos, e a mulher dele, a professora Margane, 51 anos, guardam na memória. Como outros veranistas, eles visitaram o local após a demolição.
— Nós vínhamos para cá para dançar. Isso faz 34 anos. Éramos namorados na época — conta Margane.
Gentil queria outro destino para o quiosque criado em 1968, que se tornou no principal bar do Litoral Norte.
— Esperava que usassem como um centro cultural. Pena terem derrubado — diz.
Nem todos pensam assim. Do alto do apartamento do edifício Xavante, em frente ao antigo ponto de encontro, o casal de professores de Viamão Valetim Diniz Corrêa, 46 anos, e Valéria Corrêa, 45 anos, viu a ascensão e a queda do bar nos últimos 20 anos.
— Era bom quando funcionava bem, mas decaiu muito — relata Valentim.
Assista ao vídeo da demolição do bar:
>> Leia a reportagem completa na edição de Zero Hora desta terça-feira
A imagem atual mostra um vazio no lugar do antigo prédio
Foto:
Montagem com fotos de Antônio Pacheco e Ricardo Duarte