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Um dia após a manifestação de servidores que criticou sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que reivindicações são saudáveis porque mantêm o governo alerta, mas cobrou maturidade dos críticos.
Na quarta, dia 11, uma manifestação de servidores públicos organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e entidades de servidores reuniu cerca de 30 mil pessoas em Brasília para criticar a reforma da Previdência. Deputados do PT identificados com o governo foram hostilizados, enquanto parlamentares do partido considerados rebeldes foram aplaudidos.
– Para nós a cobrança é uma necessidade, para que a gente nunca deixe de perceber que a sociedade brasileira está vigilante com relação aos nossos passos. Entretanto, quero que esta cobrança seja feita com maturidade – disse o presidente nesta quinta, dia 12, no discurso em que anunciou os recursos para próxima safra agrícola.
O presidente enfatizou no discurso que está aberto ao diálogo e que não detém a verdade.
– Eu acredito que não tenha problema que não tenha solução se as pessoas que estão envolvidas tiverem bom senso e discernimento, para que cada um se convença que individualmente nós não somos os donos da verdade. Nós vamos construir uma verdade que interesse à maioria daqueles que nós representamos – afirmou.
Ele lembrou o bom desempenho de sua administração nas pesquisas de opinião – que dão 51% de avaliação positiva ao governo –, mas afirmou que não pode se restringir a elas para governar.
– Momento ruim num governo é aquele que o governo pensa que está fazendo tudo, que está perfeito e que se contenta com as pesquisas de opinião pública – disse.
Dirigindo-se à platéia de agricultores presente ao Palácio do Planalto, o presidente ressaltou ainda que não vai agradar a todos o tempo todo.
– Tem momentos em que a gente vai ter de dizer não e este não tem de ser dito com a mesma sinceridade, honestidade e no mesmo tom de voz com que a gente diz sim – concluiu o presidente.
As informações são agência Reuters.