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Os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e da Casa Civil, José Dirceu, deram declarações de confiança na economia brasileira nesta quarta, dia 11. Uma semana antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que divulga na próxima quarta, dia 18, se mantém ou altera a taxa básica de juros (Selic), ambos fizeram análises positivas sobre os índices de inflação. O nível de preços foi o principal argumento do governo para manter em 26,5% ao ano os juros no último encontro do Copom. O governo enfrenta forte pressão dos setores produtivos para uma redução da Selic.
De acordo com Palocci, o risco de uma inflação explosiva não existe mais. Segundo ele, índices recentes mostram que os números estão convergindo para a meta de inflação de 5% em 2004. Mesmo considerando os dados positivos, Palocci garantiu que o combate à inflação não está encerrado.
– A inflação está cedendo, mas em ritmo menor que o esperado – enfatizou.
O ministro argumentou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a abril – de 0,61% – mostra que a política monetária do governo está conseguindo diminuir a inflação. Palocci afirmou ainda que, assim que a inflação mostrar novos sinais de queda, o Copom fará as avaliações técnicas para decidir o melhor momento de redução da taxa básica de juros da economia.
Palocci negou que exista um quadro recessivo na economia brasileira. O ministro explicou que, apesar de o mercado interno estar em uma situação mais difícil, o setor exportador está crescendo e o saldo positivo da balança comercial, de US$ 8,5 bilhões no acumulado deste ano, é significativo.
A posição foi compartilhada por Dirceu, que disse nesta quarta que o país já está criado condições para retomada do crescimento. Segundo ele, os indicativos de queda na inflação estão preparando o país para o crescimento sustentável. Na avaliação do ministro, o crescimento da economia já poderá ocorrer no segundo semestre deste ano:
– Quando o país reduzir os juros o país estará preparado para o crescimento sustentável.
Com informações da Agência Brasil e da Globo News.