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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva salientou nesta terça, dia 10, a importância da criação do estado palestino como forma de solução para os conflitos no Oriente Médio. A declaração foi realizada depois do encontro com o presidente do Conselho de Ministros do Líbano, Rafik Hariri, no Palácio Itamaraty.
Além de abordar a autonomia da Palestina, Lula e Rafik Hariri concordaram sobre a necessidade de reconstrução do sistema multilateral, com revalorização do papel da Organização das Nações Unidas (ONU).
– No caso do Iraque, estivemos também de acordo sobre a importância de apoiar o papel do secretário-geral da ONU e de seu representante especial para aquele país, principalmente com a criação de comissões para que a população iraquiana se pronuncie sobre seu destino – ressaltou Lula. O governo libanês apoiou a intenção brasileira de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.Como resultado da reunião entre os dois dirigentes, ficou estabelecida a criação de uma comissão bilateral para discutir o aumento das relações comerciais entre os dois países. O restabelecimento de uma linha aérea entre São Paulo e Beirute, a instalação de agências de bancos brasileiros no Líbano e a facilitação de concessão de vistos para empresários das duas nações são algumas das propostas. Depois do encontro, Lula reafirmou a intenção de visitar o Líbano e outros países árabes ainda este ano. Com o objetivo de preparar a vista presidencial, nos dias 26 e 27 o chanceler Celso Amorim visitará alguns países árabes. Para estreitar as relações com o mundo árabe o presidente pediu o auxílio do governo libanês. – O Líbano é uma terra cara ao Brasil pela presença dos imigrantes libaneses no Brasil e pela contribuição deles ao país. Apesar disso, nossa relação com o govero libanês é ainda incipiente. É necessário tornar nossas relações mais próximas – afirmou o presidente. Lula salientou que o último governante brasileiro a visitar o país foi D. Pedro II, em 1876. Portanto, disse ele, há mais de um século o Brasil deve uma visita ao país árabe. Junto com quatro ministros, Hariri veio ao Brasil – país com aproximadamente 6 milhões de imigrantes, maior comunidade libanesa fora do Líbano – para intensificar as relações políticas e comerciais. O Líbano foi reconstruído, após a devastação da guerra, de 1975 a 1990. Amanhã, dia 11, Hariri visitará às 10 horas o presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP). Às 10h30, será recebido pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que lhe oferece um almoço. Logo depois desse compromisso, Hariri embarca para Foz de Iguaçu (PR), onde está radicada a maior colônia de libaneses no Brasil.As informações são da agência Brasil.