| 31/08/2010 07h40min
O desencanto com o time, somado à frustração pelo crescimento do Inter, tem afastado a torcida do Grêmio do Olímpico. Em dois anos, a média no Brasileirão despencou de 31 mil para 11 mil torcedores. Pela previsão da direção, o público voltará a crescer em, no máximo, sete rodadas, quando o crescimento da equipe estiver consolidado. Enquanto isso, ela faz promoção especial para o jogo de quarta, contra o Guarani: um ingresso vale para duas pessoas.
Em 2008, estimulada pela grande campanha do time sob o comando de Celso Roth, a torcida comparecia em massa. A média atingiu 31.725 torcedores. No ano passado, a frustração pela queda na Libertadores refletiu-se no Brasileirão e a média final ficou em 17.776 torcedores, após ter iniciado em 24.899. Este ano, após oito rodadas, a média é de 11.424 pessoas.
– A instabilidade da equipe tem reflexo direto no comparecimento ao estádio – acredita o diretor de administração Luiz Moreira, desde 1993 envolvido na organização de jogos no Olímpico.
Para ele, não interfere na redução da média o fato de apenas dois jogos, contra Corinthians e Fluminense, terem sido realizados às 18h de domingo.
– Quando o time está embalado, a torcida vem de qualquer jeito – diz.
O assessor da presidência Airton Ruschel concorda com Moreira. E acrescenta "o sucesso momentâneo do adversário" como outra razão para a fuga do Olímpico.
Ruschel aposta no fator Renato Portaluppi, por sua empatia com a torcida, para reverter o quadro. E comemora o fato de não ter havido diminuição no quadro de associados, nem inadimplência no pagamento das mensalidades.
Líder da Geral, Rodrigo Rysdyk, o "Alemão", assegura que sua torcida segue prestando o mesmo apoio ao time, apesar da má campanha. A prova foram os aplausos aos jogadores, mesmo depois da derrota para o Santos. Mas ele não vê igual solidariedade entre os torcedores comuns.
Ele se queixa de que a direção afastou-se da Geral, deixando de colaborar em itens básicos, como a compra de material para a coreografia.
– Não queremos dinheiro. A própria direção pode comprar as bobinas de papel, fogos de artifício e instrumentos. Depois, é só nos entregar e deixar que a gente se encarregue de fazer a festa e incendiar o time e o resto dos torcedores – diz.
Ruschel afirma que tem havido uma reaproximação entre a direção e as organizadas. Informa que representantes de cada uma delas tem participado de programas na Grêmio Rádio, em que tratam de desmistificar a imagem ruim que carregam.
– Basta ver o noticiário, não houve mais nenhum incidente provocado por elas – afirma.
Até esta quarta-feira, mesmo com a promoção, era reduzida a procura por ingressos. Não houve filas no estádio e pouco mais de 300 haviam sido vendidos pela internet. Solidário, o presidente da Federação Gaúcha, Francisco Noveletto, diz que a entidade abre mão da taxa de 5% a que terá direito sobre a bilheteria do jogo.
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TweetPróximo jogo, 1º/09
Brasileirão: Grêmio x Guarani
Local: Estádio Olímpico
Horário: 19h30min
Mesmo com o apelo de Renato, apenas 13 mil torcedores assistiram o jogo entre Grêmio e Santos
Foto:
Fernando Gomes