Com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), integrantes da Via Campesina deram nesta quinta, dia 29, continuidade às ações iniciadas há um dia, quando a fazenda Boa Vista, em Pantano Grande, foi invadidada. Na segunda etapa do movimento, o palco para um novo protesto é a sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), na zona norte de Porto Alegre. Cerca de 500 pessoas montaram acampamento em frente à Fiergs, onde deverão permanecer por 40 horas. A mobilização cobra redução da jornada de trabalho.

Nessa quarta, depois de invadirem a fazenda Boa Vista, propriedade da indústria de fumo Santa Cruz, Via Campesina e CUT deram início a uma negociação com empresas do setor a reposição de perdas na safra deste ano. A área, localizada na BR-471, em Rio Pardo, na divisa com Pantano Grande, foi escolhida por pertencer a uma multinacional e, segundo o grupo, por ter 3 mil hectares de terras improdutivas.

A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta por Terras, Trabalho e Direitos Sociais. Os cerca de 5 mil manifestantes ficaram na propriedade até o final da tarde.

De lá, o grupo partiu para o Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul. Enquanto dezenas de ônibus se avolumavam pelas ruas do município, policiais militares se espalharam pela cidade. A porta da prefeitura, localizada dentro do parque, ficou tomada de brigadianos.

Os pequenos agricultores pareciam não se importar com a presença armada e, aos poucos, lotaram um dos pavilhões locais para discutir a situação dos fumicultores gaúchos. Uma passeata pelas principais ruas da cidade foi realizada e finalizada com um ato público na praça Getúlio Vargas, no Centro.

Com informações da Rádio Gaúcha.