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 | 30/07/2010 07h10min

Quando o Gre-Nal desequilibra a gangorra

O clicEsportes lembra de clássicos em que os rivais viviam situações opostas

Ana Acker  |  ana.acker@rbsonline.com.br

Favoritismo é uma palavra que não combina com Gre-Nal. A afirmação já virou clichê, mas às vésperas de clássico sempre surge a pergunta: quem chega melhor para a partida? Se a retomada do Campeonato Brasileiro for levada em conta, o Inter de Celso Roth tem vantagem, pois em quatro jogos conseguiu 100% de aproveitamento. Por outro lado, o Grêmio de Silas não venceu uma vez depois do recesso da Copa e o técnico já balança no cargo. A gangorra é tradição no futebol dos pampas e muitas vezes o Gre-Nal inverte posições. Relembre alguns casos:
 
Final do Gauchão, 2 de julho 1997
O Inter não sabia mais o que era ganhar Gauchão desde 1994, e a última conquista sobre o rival havia ocorrido em 1992. Naqueles anos 90, a gangorra estava alta para o lado gremista, campeão da América (95), Brasileiro (96) e da Copa do Brasil (94 e 97).
 
A decisão do Estadual de 97 parecia favorável para o Tricolor, mas o Colorado mudou a história. Depois de um empate em 1 a 1 no Olímpico, o atacante Fabiano fez o gol do título no jogo de volta, no Beira-Rio. O time da casa "soube se fechar, amarrou o Grêmio, teve mais fôlego, mais inteligência e mais objetividade", definiu a crônica de Zero Hora no dia seguinte.
 
Gre-Nal pelo Gauchão, 9 de fevereiro de 2003
O ano de 2002 foi para o torcedor colorado esquecer. O Inter quase foi rebaixado no Brasileirão e arrancava em 2003 com reformulação. No primeiro clássico daquele Gauchão, o Grêmio chegava como forte favorito, mas os jogadores colorados souberam usar a seu favor o clima de pressão em pleno Olímpico.
 
O Tricolor abriu o placar com Luís Mário, mas acabou levando a virada. A garotada comandada por Muricy Ramalho foi para cima: Vinícius empatou de cabeça e Daniel Carvalho decretou a vitória do Inter, que quebrava uma invencibilidade de 13 jogos do rival em clássicos.
 
Final do Gauchão, em 9 de abril de 2006
Depois da grande campanha no Brasileirão 2005, o Inter estava firme na Libertadores às vésperas da decisão do Estadual. A equipe de Abel Braga era superior à de Mano Menezes em qualidade técnica. O Tricolor ainda remontava o grupo, depois do retorno à Série A.
 
Após igualdade em 0 a 0 no primeiro Gre-Nal, o jogo do Beira-Rio terminou em 1 a 1 e o título foi para o Olímpico em razão do saldo qualificado. Fernandão e Pedro Júnior marcaram os gols da partida. Além da superação, o Tricolor quebrava uma sequência de quatro estaduais seguidos para o lado colorado.
 
Gre-Nal dos 100 anos, em 19 de julho de 2009
Há sete clássicos o Grêmio não vencia o Inter. Os resultados ruins nos jogos com o rival derrubaram até o técnico Celso Roth. A reação ocorreu em um Gre-Nal especial: o dos 100 anos.
 
O Inter saiu na frente com gol de Nilmar. O time de Paulo Autuori, no entanto, não esmoreceu diante da sua torcida no Olímpico. Souza, em cobrança de falta, e Maxi López, de cabeça, determinaram a vitória em casa.

>> Confira o especial 100 anos de Gre-Nal

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