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Relatório apresentado nesta terça, dia 27, pelo Banco Central revela uma situação preocupante. Os juros cobrados pelas instituições financeiras do Brasil são as maiores em quatro anos.
Desde 1999, o juro do cheque especial não era tão alto. Em abril passado, o serviço cobrava 178,5% ao ano. Em relação a março, quando o custo estava em 177,9% anuais, houve um aumento de 0,6 ponto percentual. A manutenção do índice da Selic em 26,5% ao ano, a pouca demanda, a alta inadimplência e conservadorismo na concessão de crédito são apontados pelo documento da autpridade financeira brasileira como os responsáveis pela alta.
Nas operações de crédito, a taxa média de juros cobrada pelas instituições chegou a 58,4% ao ano. O aumento do mês foi de 0,4%; no trimestre, de 4,2; no ano, de 7,4%; e em 12 meses, de 10,2%.
A tendência é observada também no percentuais cobrados às empresas. Com elevação de 0,9% no mês, as taxas saltaram a 39% ao ano. O indicador reflete também uma elevação de 4,2% no trimestre, de 8,1% no ano e de 7,4% em 12 meses.
Uma das poucas baixas apontadas pelo relatório do BC é a média paga pela pessoa física pelos juros dos créditos. A 86,3% ao ano, a taxa teve queda de 1% no mês. Ainda assim, registra alta de 2,7% no trimestre, de 2,8% no ano e de 16,7% em 12 meses. Nos empréstimos a pessoas físicas foi registrada queda de 3,2% nas operações de financiamento a veículos, com taxa geral de 50,3% ao ano. Isso se explica pela notória queda de demanda para essa modalidade, influenciadas pelas sucessivas baixas de vendas do setor automobilístico.
Com informações da Agência Brasil.