Parece que os gols resolveram sair na segunda rodada da Copa do Mundo. Em um ótimo jogo de futebol no estádio Soccer City, em Joanesburgo, a Argentina foi superior à Coreia do Sul na maior parte do tempo e venceu por 4 a 1. Higuaín, criticado na estreia contra a Nigéria, desta vez marcou três vezes. O outro gol argentino foi contra, de Chu-Young. O quase xará dele, Chung-Yong, fez o gol do time asiático.

Início promissor

No início, a Argentina não deu nenhum espaço para os velozes sul-coreanos. Mesmo sem Verón, substituído por Maxi Rodríguez, tocou bola com autoridade no campo de ataque. No início deu alguns chutes sem muito perigo, principalmente com Higuaín. Di María jogou na extrema esquerda, Rodríguez na direita. Tévez caía pelos dois lados e Higuaín atuou centralizado, assim como Messi, um pouco atrás deles.

Di María estava muito mais aceso que no primeiro jogo. Jogou bem aberto pelo lado esquerdo. Dos seus pés, nasciam as jogadas mais perigosas. Em uma delas, aos 16 minutos do primeiro tempo, o árbitro marcou falta. Messi bateu fechado, Demichelis tentou cabecear, mas a bola passou dele. Foi encontrar a perna de Park Chu-Young, atacante sul-coreano que foi ajudar a defesa, mas acabou atrapalhando: marcou contra.

Em vantagem no placar, a Argentina ficou ainda mais solta. Aos 27 minutos, em nova cobrança de falta, Tévez rolou para Messi, que mandou uma bomba pertinho do travessão. Aos 33 minutos, Maxi Rodríguez cruzou, Burdisso desviou de cabeça, e Higuaín fica de frente para o gol para marcar de cabeça. Foi o terceiro gol argentino na Copa, o terceiro em jogada aérea. Os coreanos pediram impedimento

A Argentina continuou mandando no jogo. Aos 40 minutos, Di María teve grande chance. Pegou um rebote, chutou forte e Sung-Ryong fez ótima defesa, espalmando para escanteio.

Fim de primeiro tempo surpreendente

Apenas Messi, de boa atuação na estreia, fazia o caminho inverso de seus companheiros de ataque, que melhoraram muito do primeiro para o segundo jogo. Nesta quinta, ele começou apagado, e apagado estava apenas até os 44 minutos, quando fez uma jogada milimétrica, de gênio, na frente da área, se livrando de vários adversários. A conclusão, sutil, saiu rente à trave.

Até então, a Coreia não havia produzido praticamente nada. Então a Argentina produziu algo para ela. Aos 46 minutos, Demichelis dormiu e perdeu a bola para Chu-Young, que entrou sozinho na área e concluiu com categoria para marcar o surpreendente gol sul-coreano: 2 a 1. Foi o último lance da etapa inicial.

Segundo tempo emocionante

No segundo tempo, o time de Maradona voltou disposto a matar o jogo. Teve ótimas chances com Messi (chute desviado na zaga), Higuaín (de primeira, de pé esquerdo, após cruzamento de Di María, para defesa de Sung-Ryong), e Tévez (de fora da área, forte, também defendida pelo goleiro). O camisa 18 estava se tornando figura do jogo.

Quando parecia que a Argentina iria marcar o terceiro a qualquer momento, quase a Coreia do Sul empatou. Aos 13 minutos, conseguiu encaixar o primeiro contra-ataque em grande velocidade, sua jogada típica. Ki Hun avançou pela direita, invadiu a área e perdeu grande oportunidade, chutando na rede pelo lado de fora. O jogo estava eletrizante.

O lance marcou uma mudança no confronto. A Coreia do Sul conseguiu equilibrar as ações, marcar bem o ataque argentino, e especular mais no campo de ataque. Começou a dar esperanças aos brasileiros que secavam a equipe de Maradona. Deu chutes e conseguiu escanteios que nem sonhou obter no primeiro tempo.

Sentindo o perigo, o técnico colocou Agüero no lugar de Tévez. Deu certo. O genro de Maradona fez as jogadas para os dois gols do alívio. No primeiro, tabelou com Messi, que chutou na trave e se ofereceu para Higuaín marcar com o gol aberto, aos 31 da segunda etapa. Quatro minutos depois, deu passe preciso para Higuaín cabecear no contrapé de Sung-Ryong: 4 a 1. Com os três gols marcados, Higuaín se isolou na artilharia da Copa.

Ao final, apesar do susto, ficou a impressão de um grande jogo da seleção argentina, com seus vários jogadores de qualidade do ataque. A Argentina joga contra a Grécia na última rodada.

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