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 | 14/06/2010 13h46min

Manter o mistério é a arma norte-coreana para repetir campanha de 1966

Coreia do Norte reflete as características do país que representa

Os aficcionados por futebol sabem com que pé Kaká gosta de chutar, sabem o nome da noiva de Rooney e também o livro favorito de Iniesta, mas não sabem nada a respeito dos jogadores norte-coreanos simplesmente porque a Coreia do Norte não quer.

Há dez dias em Joanesburgo e até esta segunda-feira o contato da seleção com a imprensa tem sido raro. Até o momento, a Coreia do Norte é um time de características semelhantes ao país que representa: opacidade, mistério e inacessibilidade.

Os analistas afirmam que a equipe comandada por Kim Jong Hum quer evitar a imprensa para manter vivo o fator surpresa, o mesmo que serviu na Copa do Mundo da Inglaterra, em 1966, na sua única participação no Mundial até então, para chegar às quartas de final.

Na época, apenas Eusébio, grande ídolo português, foi capaz de impedir que a Coreia do Norte alcançasse a semifinal, o que não foi fácil. Isso porque os asiáticos chegaram a estar vencendo Portugal por 3 a 0 antes de levar a virada de 5 a 3. Antes, na primeira fase, os norte-coreanos foram protagonistas de uma das maiores zebras dos Mundiais: venceu a Itália por 1 a 0 e eliminou a Azzurra.

A expectativa agora é ver se o mistério dará resultado para a Coreia do Norte na África do Sul, assim funcionou na Inglaterra, 44 anos atrás. O primeiro teste será nesta terça-feira, contra o Brasil, nesta terça, às 15h30min (horário de Brasília), em Joanesburgo. Ainda no Grupo G, os norte-coreanos enfrentam Portugal e Costa do Marfim.

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