| 10/06/2010 17h56min
A Copa do Mundo da África do Sul começou, fora dos campos, nesta quinta-feira. A festa de abertura levou 35 mil pessoas ao Orlando de Soweto, em Joanesburgo, reunindo grandes nomes da música mundial, como a cantora colombiana Shakira e o grupo americano Black Eyed Peas.
– O futebol liga as pessoas – exclamou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Em seguida foi a vez de o presidente sul-africano, Jacob Zuma, exaltar o país que recebe a mais importante competição do esporte:
– A África do Sul é cool – exclamou o chefe de Estado em certa altura do discurso. Ele ainda quebrou o protocolo também com a vestimenta. Usava uma echarpe coloridíssima em alusão à bandeira deste que é o primeiro país do continente a receber o Mundial.
Pacificamente, brancos e negros curtiram a festa juntos no Orlando, que fica no Soweto, bairro que se tornou símbolo da luta contra o apartheid. Uma figura famosíssima desta Copa não conseguiu entrar no estádio em forma de abóbora: a vuvuzela. Capaz de fazer um barulho mais potente do que o de um helicóptero, a corneta, dizem os organizadores da abertura, atrapalharia a música.
A cerimônia passou pela televisão para o mundo inteiro, até porque havia gente de todos os lugares no evento. Desde a colombiana Shakira aos americanos do Black Eyed Peas, ambos figuras conhecidas no Brasil. A cantora Angélique Kdijo, do Benin, participou do show e também já cantou em solo verde-amarelo.
Como nem tudo é festa, no outro lado do país houve uma pequena confusão, a segunda na África do Sul com feridos antes de a bola efetivamente rolar. Esta última foi na Cidade do Cabo, onde três se feriram durante a inauguração de um parque em razão da Copa do Mundo. O incidente aconteceu, ironicamente, onde o pacifista Nelson Mandela fez, em 1990, o primeiro discurso como homem livre.
No que diz respeito à segurança, o governo sul-africano pede que todos, sejam sul-africanos ou visitantes, cuidem da própria segurança e de quem estiver ao redor. Apesar dos esforços inegáveis (40 mil policiais extras e investimento pesado), houve o registro de vários incidentes, inclusive com jornalistas.
AFP