Com gol de Léo Macaé, o Figueirense venceu o Bahia por 1 a 0 neste domingo, dia 25, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o alvinegro chega aos 10 pontos na tabela de classificação, um ponto a menos que o tricolor baiano, que segue com 11. No próximo domingo, o Figueira recebe o Grêmio, enquanto o Bahia encara o lanterna Goiás em Salvador.

O primeiro tempo lembrou a partida contra o Fluminense, com dezenas de chances criadas e quase todas desperdiçadas. A segunda etapa recordou os jogos contra Vitória, São Paulo e Corinthians, quando a vitória escapou nos minutos finais. Mas após a seqüência de boas apresentações e maus resultados, o domingo foi o dia da má apresentação e do bom resultado.

Foi uma tarde de sufoco no Orlando Scarpelli. Mas a pressão serviu para provar o amadurecimento psicológico da equipe no Brasileirão. Pela primeira vez no campeonato, o time conseguiu suportar o bate-estaca do adversário.

Por outro lado, analisando o aspecto técnico, houve uma queda de rendimento em relação os compromissos contra São Caetano e Fluminense. Nada que preocupe: no vestiário, após o jogo, a conclusão geral da comissão técnica e do grupo de jogadores é a de que é melhor vencer jogando mal do que perder dando espetáculo.

O que não significa que a apresentação tenha sido uma tragédia. Como já está virando rotina, o Figueira armou um blitz nos primeiros minutos da partida. Em 17 minutos, criou seis chances claras. Em três delas, com André Luiz, William e Vágner Mancini, o jogador perdeu o gol praticamente sozinho dentro da área.

Parecia a reprise de um filme que a torcida já havia assistido, e sem final feliz. Mantendo o roteiro original, em pouco tempo o alvinegro caiu de rendimento. Parou de utilizar as laterais, que proporcionou os lances mais perigosos, e passou a afunilar pelo meio, onde o Bahia procurou congestionar, dificultando qualquer penetração.

Sem conseguir manter a presença ofensiva, o Figueira perdeu o foco na meta do tricolor nordestino e recuou, chamando os visitantes para seu campo. Quando a bola batia na canela, a torcida vaiava e parecia que todo o trabalho iria desandar, saiu o gol. Simples assim.

William cruzou e Léo Macaé pulou para arrematar com os pés, aos 40 minutos. A volta para o segundo tempo não trouxe novidades na postura do Figueira.

Se já estava com dificuldades para sair quando a partida estava 0 a 0, a recuada foi ainda mais natural com a vitória parcial. Assim, a única forma de chegar ao gol do Bahia era o contra-ataque, geralmente em ligação direta da defesa para o ataque.

Com um time recheado de jogadores velozes, não deixa de ser uma tática interessante. Mas Léo Macaé, em vez de se consagrar de vez, preferiu jogar sua bela atuação no ralo.

Levou dois amarelos bobos – um por cavar falta e outro por tentar marcar um gol com a mão – em menos de cinco minutos, e prejudicou o time, que ficou com um a menos e foi massacrado até o fim.

O jogo ficou nervoso, Danilo e Lino trocaram sopapos, também foram expulsos, mas o Figueira segurou a vitória.