Após estrear no comando interino do grupo principal do Inter com uma goleada de 4 a 1 sobre o Atlético-PR, neste domingo, o técnico Enderson Moreira falou principalmente sobre a mudança de sistema tático. Afinal, ele abdicou do 3-6-1 predileto do ex-treinador Jorge Fossati, e adotou o 4-4-2.

– Apesar da proximidade, a gente não vive o dia a dia. Cada treinador tem a sua ideia. Eu particularmente gosto muito deste sistema (o 4-4-2). Essa mudança tem que ser pontual, simplificar ao máximo, para explorar o que o atleta tem de melhor. Falar sobre essa ideia do 3-5-2, do 3-6-1, é muito difícil para uma pessoa que estava aqui vendo o jogo como um torcedor, de um jeito diferente – compara.

Sobre a partida, depois de um empate sem gols no primeiro tempo, Enderson acredita que o principal fator de mudança da postura do Inter foi - novamente - a simplicidade:

– O primeiro passo para o Inter sair dessa situação era ser o mais simples possível. No intervalo a mensagem foi essa. Tínhamos que ter paciência, ter calma, porque o Atlético-PR veio com essa proposta de explorar nosso erro. E eu tinha na cabeça a ideia de que com paciência a gente poderia fazer os gols, e foi o que acabou acontecendo.

O técnico interino do Inter explicou também a ausência de Pato Abbondanzieri, retirado até mesmo da relação de concentrados para a partida, com o retorno de Lauro ao gol colorado.

– Não teve nada de barrar ninguém. Eu como torcedor assistindo aos jogos vi algumas coisas. Ele é um goleiro de altíssimo nível, as pessoas que dirigem o Inter confiam muito nele. Mas o futebol brasileiro apresenta algumas particularidades. A partir deste momento tomei a decisão de colocar o Lauro, fazendo com que o Abbondanzieri pudesse ter tranquilidade para se adaptar um pouco ao nível do jogo brasileiro. Ele esteve no vestiário, foi muito positivo, e tenho certeza que ele será de extrema importância para a sequência da temporada no Inter – explica.

A respeito de sua permanência no cargo de técnico, de maneira interina, Enderson Moreira não se incomoda com prazos, ou indefinições.

– A gente não tem ainda nem como pensar em futuro. A diretoria do Inter faz certo, agindo com paciência e tranquilidade. O Inter tem a possibilidade de ter um segundo semestre maravilhoso. O momento nosso é de pensar agora nesses dois jogos, para depois passando essa semana, a direção tomar as medidas necessárias – conclui.

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