| 28/05/2010 11h11min
Pressionado pelo primeiro semestre irregular do time, Jorge Fossati tem o pior aproveitamento entre os técnicos do Inter desde 2007, quando Alexandre Gallo teve uma passagem curta e com péssimos resultados. O uruguaio tem 60,6%, enquanto Gallo ganhou apenas 47,61% dos pontos. O desempenho de Fossati é ligeiramente inferior inclusive ao de Tite, que foi demitido com 60,8%. Os demais técnicos da história recente do clube têm números melhores.
Sem contar os três primeiros jogos do Gauchão, quando Enderson Moreira comandou o time B, o Inter disputou este ano 33 partidas. Foram 18 vitórias, seis empates e nove derrotas. Ao todo, foram conquistados 60 pontos dos 99 possíveis.
• Confira o desempenho dos antecessores de Fossati desde 2007:
Alexandre Gallo: 47,61%
Contratado na saída de Abel Braga, que deixou o clube após a eliminação na Libertadores, Alexandre Gallo foi o primeiro técnico da era pós-título mundial. Comandou o time de abril a agosto de 2007. Teve nove vitórias, nove derrotas e três empates: aproveitamento de 47,61%. Foi substituído pelo próprio Abel, que não havia acertado com nenhum time europeu e voltou após cem dias de férias. De positivo, Gallo deixou o título da Recopa.
Abel Braga: 72,72%
Abel chegou com o campeonato em andamento e não conseguiu a vaga para a Libertadores no ano seguinte. Em 2008, foi campeão gaúcho, mas acabou eliminado pelo Sport na Copa do Brasil e começou mal o Brasileirão. Curiosamente, encerrou sua passagem pelo clube após a quarta rodada, a mesma que foi encerrada ontem na edição de 2010. O time só havia obtido quatro pontos em 12 disputados. Abel tratou de acertar sua transferência para o Al-Jazira, dos Emirados Árabes, para onde levou também o atacante Rafael Sobis, que estava no Bétis. Nesta passagem mais recente, Abel comandou o time durante 33 partidas, mesmo número que Fossati tem hoje. Mas Abel teve, no geral, aproveitamento de 72,72%: 23 vitórias, três empates e sete derrotas. Dez dias após sua saída, o Inter contratou Tite.
Tite: aproveitamento de 60,8%
Para Tite, o limite foi de seis jogos sem vitória. Depois de títulos como a Copa Sul-Americana 2008, Gauchão 2009 e Copa Suruga 2009, Adenor Bacchi foi demitido em 5 de outubro de 2009 (havia assumido em junho de 2008), após 108 partidas — tendo 58 vitórias, 23 empates e 27 derrotas. No primeiro semestre de 2009, havia passado por outra fase ruim. Foram cinco partidas sem vitórias, que culminaram na perda do título da Copa do Brasil, para o Corinthians. Tite deixou o Beira-Rio com aproveitamento de 60,8%.
Mário Sérgio: 63,63%
Quem completou a temporada 2009 e se autodenominou de "tampão" foi Mário Sérgio, que cumpriu os últimos 11 jogos do ano à frente do Inter, sabendo que não daria continuidade ao trabalho em 2010. Fechou o ano levando o time ao vice-campeonato, decidido apenas na última rodada do Brasileirão. Fez 21 pontos nas 11 partidas: aproveitamento de 63,63%.
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