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 | 24/05/2010 07h10min

Fossati garante que confronto pela Libertadores será "outra situação"

Adversários da semifinal se enfrentaram neste domingo pelo Brasileirão

Eduardo Cecconi  |  eduardo.cecconi@rbsonline.com.br

Quase uma hora após a derrota do Inter por 2 a 0 para o São Paulo, o técnico Jorge Fossati deu início a uma entrevista coletiva na sala de imprensa do Estádio Beira-Rio, no início da noite desse domingo. Apesar da derrota, o treinador colorado assegura que o Inter tem condições de bater o São Paulo pela semifinal da Copa Libertadores 2010 — as duas equipes disputam vaga na decisão da competição nacional após a Copa do Mundo.

— Pela minha avaliação, hoje o Inter mostrou que tem todas as qualidades para enfrentar o São Paulo. Quando jogarem Inter e São Paulo, no primeiro e no segundo jogo da semifinal, será outra situação. Hoje a gente decidiu que tinha de fazer alguma mudança no time. Se a gente não tem esse problema de ter jogado na quinta anterior, com certeza poderia enfrentar o São Paulo com todo seu poderio. A sensação, embora o grande respeito com o São Paulo, é que ficou bem claro que o Inter tem todas as possibilidades de vencer o São Paulo — avalia.

Sobre a derrota, Fossati acredita que o placar partiu de um lance casual.

— O jogo foi muito equilibrado no primeiro tempo, com certo predomínio do Inter. Mas não tivemos a claridade lá na frente para criar mais perigo. E em uma jogada absolutamente circunstancial eles conseguiram o gol. Essa foi a diferença do primeiro tempo. Eles não tiveram nenhuma situação de gol. Quanto à produção do Inter, em termos gerais, foi um jogo equilibradíssimo. No segundo tempo conseguimos ser profundos, mas falhamos na conclusão. Aí está a explicação do resultado final — explica.

Fossati atribuiu a preservação dos titulares Nei, D'Alessandro, Andrezinho e Alecsandro ao desgaste físico proporcionado pelo confronto com o Estudiantes, na última quinta-feira:

— Nosso adversário também teve uma final, mas foi na quarta, e nós jogamos na quinta. Eles já tinham obtido a vantagem em Minas Gerais, e tiveram um jogo muito mais tranquilo, com a sorte de jogar contra um time com dez jogadores desde o início. O esforço deles foi muito menor. Então, observando o jogo de hoje, eu sei que sempre vai ser responsabilidade da gente, para o torcedor e para vocês, aqueles que ficaram fora. Mas pela minha observação, eu não reclamaria de mim por ter deixado de fora esses jogadores, mas sim por não ter tirado mais alguém. Alguns jogadores que jogaram quinta não tiveram o mesmo rendimento hoje.

O treinador do Inter também falou sobre algumas vaias dirigidas a eles e a jogadores, e sobre a possibilidade de repensar sua permanência no clube. Fossati não descartou, neste planejamento do recesso da Copa do Mundo, avaliar dispensas e novas contratações.

— Tem torcedores que nunca vão entender que, quando um jogador é vaiado, eles não estão ajudando. O Inter tem uma grande torcida e, dentro dessa grande torcida, tem esse tipo de torcedor, que não vai aprender que isso não faz bem para o time. Mas essa é uma decisão do torcedor, eu não posso controlar isso. Para mim logicamente atrapalha. (...) Eu sempre disse que os resultados mudam meu estado de ânimo, mas não mudam meu jeito de pensar. Tem uma pausa agora. Escutei de outros treinadores do Brasil, que têm mais autoridade, falando sobre essa loucura da sequência de jogos. E essa sequência não dá oportunidade de pensar com a cabeça fria, tem que ir arrumando as coisas com o caminho. Por isso falei que, embora a gente tenha conseguido a classificação para as semifinais, acho que tem de ser observado tudo, pensado tudo que passou. Temos que buscar na memória o que está errado, o que foi bem feito, e se os caminhos daqui para frente têm de ser retificados ou não — conclui.

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