| 28/04/2010 07h39min
Os dois gols de cabeça sofridos no Gre-Nal, somados às virtudes específicas do Banfield neste fundamento, fizeram Jorge Fossati eleger a bola parada como o grande fantasma a ser exorcizado pelo Inter a partir das 21h50min, quando uma vaga nas quartas de final da Libertadores começa a ser decidida. Para se fechar, o técnico retirou um atacante, Alecsandro. Colocou um zagueiro, Eller.
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O time mudará por conta deste medo que vem do alto. Fossati promoverá o retorno de mais um zagueiro na área para conter a força aérea do Banfield. A opção pela saída de Alecsandro tem a ver com a estratégia do momento, mas também leva em conta a falta de eficiência do atacante nos últimos jogos.
Os relatos recebidos pelo técnico acerca do Banfield dão conta de que os argentinos erguem bolas sem constrangimento. De falta, da linha de fundo, da intermediária, na base da ligação direta. Até com balão do goleiro Lucchetti.
Por isso, a volta do trio de zagueiros, além do retorno de Kleber, ausente no Gre-Nal, no lado esquerdo. A urgência em agir para estancar a sangria de problemas relativos à bola aérea, especialmente nas cobranças de falta do meia canhoto James Rodríguez, já vem desde Porto Alegre. O relatório de Guto Ferreira, espião encarregado de observar o Banfield, reforçou esta necessidade.
— Eles jogam no fator local e na bola parada. Se não resolvermos isso vai ficar complicado. O Banfield atua assim em casa — alerta o goleiro Pato Abbondanzieri.
Fossati teve uma longa conversa com Pato no saguão do hotel Ceasar Park, que fica no bairro Recoleta, o mais chique de Buenos Aires. Logo depois, mostrou vídeos do campeão argentino aos jogadores. É missão do goleiro, com sua experiência em jogos como o desta noite, mais ainda em gramados de dimensões reduzidas e torcida quase dentro do campo, tornar-se também um zagueiro. Pato terá que sair do gol e afastar de soco sempre que possível.
— É verdade que eles têm a bola parada como arma. Mas também não é só isso. O Banfield tem jogo no chão. O certo é que precisamos ter cabeça fria e maturidade para escolher quando reter a bola e quando contra-atacar para matar. O desespero é deles, não nosso — suspira Fossati.
Próprio veneno
O reconhecimento no Estádio Florencio Sola, distante 14 quilômetros de Buenos Aires, revelou o principal receio do Inter. Os zagueiros treinaram cabeceio à exaustão com o auxiliar J.J Rodríguez. Fossati observou a bola alçada no ataque, na outra goleira. O Inter pensa em fazer o Banfield experimentar o seu próprio veneno.
O estádio
O Florencio Sola parece uma Bombonera pequena. Parece uma caixa de concreto encravada no bairro de Banfield, com seu casario baixo no estilo inglês e muitas árvores. Tem cadeiras apenas nas sociais e em sete lances de arquibancada superior atrás de uma das goleiras. De resto, é cimento puro mesmo. Se não houvesse alambrado, bastaria esticar o braço para tocar nos jogadores. Cobrar escanteio de pé trocado é missão para contorcionista. Há um muro logo atrás da bandeirinha de escanteio.
Copa Libertadores, oitavas de final | |
Data e hora: 28/04/2010, às 21h50min Local: Estádio Florencio Sola, em Lomas de Zamora (Argentina) Arbitragem: Jorge Larrionda (Fifa-URU), auxiliado por Pablo Fandiño (Fifa-URU) e Maurício Espinosa (Fifa-URU) O jogo no ar: a RBS TV transmite ao vivo. A Rádio Gaúcha abre o Pré-Jornada às 20h10min. O clicEsportes acompanha minuto a minuto Regulamento: nesta fase eliminatória, leva quem fizer mais pontos. Caso haja empate, o primeiro critério é o saldo de gols. Caso persista a igualdade, classifica-se o time que fizer mais gols na casa do adversário |
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BANFIELD | INTER |
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Luchetti; Barraza, Ladino, López e Maldana; Quinteros, Sardella, Erviti e Rodríguez; Ramírez e Fernandez | Abbondanzieri; Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller; Nei, Sandro, Guiñazu, Andrezinho, D%27Alessandro e Kleber; Walter |
Técnico: Julio César Falcioni | Técnico: Jorge Fossati |