Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, o técnico Jorge Fossati voltou a falar sobre as críticas que recebe de parte da torcida do Inter. Durante a vitória por 3 a 2 sobre o Pelotas, ele foi vaiado e chamado de "burro" por alguns colorados.
 
Segundo Fossati, as manifestações partem de uma minoria. E ele pede que a maioria dos colorados abafem estas vaias, em auxílio à equipe em campo, caso se repitam.
 
– Espero que esta grande maioria que o Inter tem na torcida, que entende qual a sua função e apoia o time durante os jogos, possa sossegar os outros que são minoria, e que não entenderam qual a função real do torcedor dentro dos 90 minutos – afirma.
 
O treinador do Inter acredita que as vaias, mesmo que dirigidas a ele, prejudicam o rendimento da equipe:
 
– Minha preocupação é que isso atrapalhe o andamento do time, e mais nada. Eu escuto que isso é normal, que aconteceu com todo mundo. Não acho que tenha de ser normal, não acho que isso seja de bom torcedor, de torcedor que esteja entendendo qual é a sua participação. A participação do torcedor durante o jogo é torcer, empurrar o time para frente. Torcedor apenas para o momento bom o Inter não precisa, nem o Inter e nem qualquer equipe do mundo.
 
Contra o Deportivo Quito, na próxima quinta-feira, o Inter joga pela vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores 2010. A partida será no Estádio Beira-Rio. Para fugir desta ansiedade, Fossati quer o time pressionando desde o início. E com o apoio dos torcedores.
 
– Vai haver momentos de duelos individuais, e vai ser importante a participação dos nossos jogadores frente a um time adversário bem fechado, esperando para contra-atacar. E nestes momentos a última coisa que é boa companhia é a ansiedade. Temos que jogar contra a ansiedade, e se o torcedor ficar ansioso na arquibancada, não vamos chegar a lugar nenhum. Vamos tentar ganhar o jogo desde o início, e vamos sair com aquele sistema que possa nos dar maiores condições – conclui.