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O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, pediu demissão do cargo na noite desta quarta, dia 21, horas depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter decidido manter a taxa básica de juros em 26,5% ao ano.
Seu substituto será Afonso Bevilaqua, que já foi economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) e vinha atuando como consultor do Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Comissão Econômica para América Latina (Cepal).
Em nota divulgada na manhã desta quinta, dia 22, o Ministério da Fazenda informa que a saída de Ilan Goldfajn do cargo de diretor de Política Econômica do BC "é um desejo pessoal de retomar a vida privada após ter contribuído para o Banco Central desde meados de 2000" . O documento esclarece que o economista permanecerá no posto "até o início de julho".
A diretoria de Goldfajn é a responsável pela análise e acompanhamento do regime de metas para a inflação, base da política monetária. As pressões vindas de dentro do próprio governo do PT para reduzir os juros, a despeito do desconforto que ainda permanece com os índices de inflação, teriam precipitado a decisão do diretor.
As insistentes críticas do vice-presidente, José de Alencar, que chegou a questionar a competência do BC nessa matéria para uma platéia de prefeitos de Minas Gerais, nesta terça, é interpretada como inadequada.
As informações são da Globo News e da agência Reuters.