| 01/04/2010 07h48min
Italianos e portugueses brigam por Mário Fernandes. Prometem inundar de euros os cofres do Olímpico em agosto, quando se abre o período de contratações na Europa. Também o goleiro Victor está nos planos de estrangeiros.
No centro da disputa, estão a Inter, de Milão, que sonha em ter Mário como zagueiro, e o Porto, que o quer na lateral direita. Os italianos saíram na frente. Observam o jogador desde o ano passado. Enviaram representantes a jogos no Olímpico. Estiveram presentes até no Maracanã, no jogo entre Flamengo e Grêmio, na última rodada do Brasileirão.
Na semana passada, Mário Fernandes, autorizado pelo Grêmio, jantou com Marco Branca, diretor técnico da Inter, de Milão. Também compareceu o empresário Jorge Machado, representante do jogador.
Na véspera do jogo, Branca havia se reunido por quase três horas no Olímpico com o presidente Duda Kroeff. Em vez de enviar um documento oficial, praxe em negociações entre clubes de países diferentes, a
Inter optou por mandar seu mais
importante dirigente do futebol.
Oficialmente, o interesse do Porto surgiu no início da semana. Machado, que está em Milão a convite da direção da Inter, recebeu um telefonema de Antero José Gomes, vice-presidente de futebol do clube português. Assim como a Inter, os portugueses não oficializaram proposta.
Os dois pretendentes têm um ponto em comum. Ficaram assustados com os 15 milhões de euros (R$ 36 milhões) exigidos pelo Grêmio e pelos investidores norte-americanos e espanhóis, detentores de metade dos direitos federativos de Mário.
— Duda é claro quanto ao valor. Mário não tem pressa em sair. Talvez se valorize num bom Brasileirão — diz Machado.
Com relação a Victor, apenas o Benfica procura informações. No ano passado, ofereceu 3 milhões de euros, recusados pelo Grêmio — que não aceita abrir negociações por menos de 5 milhões de euros.
— Faremos o possível e o impossível para manter Mário e Victor —
disse o presidente, admitindo a dificuldade em segurar
jogadores.