| 16/05/2003 18h57min
O Figueirense aposta na conquista da segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro ao encarar o Fluminense a partir das 16h deste sábado, dia 17, no Estádio Giulite Coutinho, no bairro de Édson Passos, no município de Mesquita (RJ), região metropolitana do Rio. Por isso, o técnico Vágner Benazzi privilegiou a habilidade e a velocidade na hora de escolher os titulares que entram em campo.
A rigor, o treinador teve que fazer apenas uma escolha, mas com sua decisão já deixou clara qual será a postura alvinegra diante do tricolor. Com a suspensão automática de Jeovânio, que foi expulso diante do São Caetano, e a lesão de Simplício, que tem contratura na coxa direita e seria substituto natural no setor, duas possibilidades se abriram.
Uma seria promover a estréia do jovem Carlos Alberto, jogador da posição, que se destacou no Caxias vice-campeão estadual deste ano (superado na decisão pelo próprio Figueira). Mas a opção escolhida por Benazzi foi mais ousada.
Ao escalar Bilu, meia que volta a ficar à disposição após se recuperar de uma fisgada na coxa direita, o técnico arma um esquema aberto, com ênfase no toque de bola e nos ataques rápidos, a exemplo do que foi mostrado no domingo passado, na vitória por 3 a 0 sobre o Azulão, a primeira no campeonato, que tirou o time da lanterna na tabela.
Além do aspecto tático, a decisão foi motivada pela experiência do jogador, que vem sendo um dos destaques na temporada.
– Fiquei na dependência da formação que o Fluminense vai utilizar. Se for 4-4-2, talvez seja melhor entrar com o Carlos Alberto, para proporcionar uma pegada mais forte no meio-de-campo. Se eles vierem no 3-5-2, o Bilu seria o mais indicado, porque solta mais o time – disse Benazzi.
– Mas de qualquer forma, o Bilu já vem trabalhando com a gente há mais tempo, tem entrosamento com os outros jogadores, é mais experiente. O Carlos Alberto ainda está chegando e tenho certeza que vai ter um grande futuro no Figueirense – completou treinador, dando a entender que o volante ainda vai ter que esperar mais um pouco até receber uma oportunidade na Série A.
Vágner Mancini vai ser recuado para a primeira função no meio-de-campo, e a equipe vai ficar recheada de jogadores de explosão: William, Léo Macaé, Sandro Hiroshi, além do próprio Bilu.
Sem vencer desde o dia 17 de abril no Rio de Janeiro, o Fluminense resolveu trocar o deficitário Maracanã pelo acanhado Giulite Coutinho, em Édson Passos, para economizar R$ 30 mil e, mais importante, voltar a ter sucesso em casa no Brasileiro.
– Édson Passos costuma ter um gramado excelente – disse o atacante Sorato, que defendeu o América (proprietário do estádio) em 2000 e 2001 e já marcou três gols em apenas duas aparições com a camisa do Flu.
– Nosso maior problema será mesmo o Figueirense – afirmou o jogador.
Para derrotar o time catarinense, o técnico do Flu, Renato Gaúcho, deve manter o esquema com três zagueiros, com o qual a equipe se mantém invicta há cinco jogos no Brasileiro.
O meia Carlos Alberto, vítima de quase 10 faltas por partida no campeonato, vai jogar praticamente como um segundo atacante, mais próximo da área.
– Quem sabe assim os zagueiros pensem duas vezes antes de fazer falta nele – afirmou Renato Gaúcho.
Mas o técnico ainda pode surpreender e escalar o time no tradicional 4-4-2. Com essa formação, o zagueiro Augusto saíria para a entrada do atacante Ademílson.
– Os dois esquemas me agradam. Mas, na minha cabeça, já sei qual deles será adotado. O mais importante é que os jogadores continuem se ajudando em campo – destacou Renato, que não terá à disposição o meia Alex Oliveira, com problemas na articulação do joelho.
MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE