| 25/02/2010 21h49min
O Santos ficou conhecido mundialmente pelo seu time da década de 60, que tinha o famoso ataque dos sonhos, formado por Dorval, Coutinho, Mengálvio, Pelé e Pepe. Olhando para uma linha de frente dessas, parece ser impossível repetir aquele quinteto. Pois se o futebol da atual equipe não pode ser comparado com o daqueles mestres, os números provam que existem algumas semelhanças.
O quinteto de hoje (Wesley, Paulo Henrique, Neymar, Robinho e André) é responsável por 23 dos 27 gols (85%) do Alvinegro no Paulistão. Comparando este aproveitamento com o do quinteto que jogou junto de 1961 a 1965, percebe-se que o Santos-2010 só é superado pelo ataque de 1961.
— É uma satisfação muito grande. Sem dúvida, é legal. Mostra que o nosso trabalho está sendo bem feito. A gente tem que continuar na mesma "batida", para conquistar algo maior. Não podemos parar — declara Wesley, integrante do quinteto mais responsável pela marcação, mas que não esquece os gols.
Outra semelhança que diminui a distância
entre as duas gerações é o número de vitórias seguidas. Com o sétimo triunfo em sequência no Paulistão, sobre o Mirassol, por 2 a 1, o Santos igualou uma marca do time de 1968, que naquele ano conseguiu 12 resultados positivos seguidos.
Distante cinco vitórias de igualar os maestros de 60 no Paulistão, o Peixe está a um triunfo de alcançar a última maior seqüência de todas as competições. Em 2007, o Alvinegro ganhou nove seguidas. Ao derrotar o Naviraiense (MS), pela Copa do Brasil, o time chegou a oito triunfos.
Bom ou ruim, o próximo adversário do Santos no Paulistão é o Corinthians. O clássico acontece neste domingo, às 17 horas, na Vila Belmiro. Se o quinteto da nova era estiver completo (Robinho depende de uma liberação da CBF) e continuar balançado redes no mesmo ritmo, o Timão tem motivos para se preocupar, como nos anos 60.