| 24/02/2010 10h09min
Ídolo maior e principal estrela da constelação rubro-negra na conquista da única Libertadores da História do clube, em 1981, Zico projetou a estreia do Flamengo na competição, que acontece nesta quarta-feira, às 21h50min, contra o Universidad Católica (CHI). O Galinho falou das dificuldades desta competição e também de como o Flamengo deve encará-la. Ele elegeu o Império do Amor como a principal arma para superar os adversários e recomendou que os jogadores evitem falar ou pensar em bicampeonato. Para Zico, é fundamental que eles se concentrem apenas no adversário da hora, para diminuir a pressão.
A estreia
"Espero que o Flamengo tenha um bom começo. Quando se inicia bem uma competição, ganha-se confiança, segurança e também o respeito dos adversários. A Libertadores é a competição mais importante do continente e tem se valorizado enormemente a cada ano que passa. É uma competição gostosa de se jogar e todos os pontos são favoráveis para se fazer uma boa campanha."
A diferença
"O Flamengo tem jogadores de muita qualidade técnica, como o Vagner Love, o Adriano e o Pet. Mas somente isso não basta. Para jogar bem, o Flamengo vai precisar de um todo. Só a técnica não ganha jogo. A preparação para a competição, com um conjunto forte, é o que fará a diferença. Esse aspecto é fundamental.
Não se pode entrar na competição pensando em conquista, em bicampeonato. É preciso disputar o título passo a passo, pensando jogo após jogo, sem ansiedade."
O passado
"Na nossa época, a Libertadores não tinha a exposição que tem hoje, quando todos os clubes querem disputá-la e vencê-la. A competição dá exposição e divulgação enormes. Vale vaga para o Mundial e ainda existem as premiações, que aumentam a cada ano. Hoje, os times também se conhecem melhor, por conta da evolução dos meios de comunicação e principalmente pela internet."
A catimba
"A catimba é algo que não existe mais. Nem a tal proteção aos times que atuam em casa. No meu tempo, havia uma grande preocupação com isso. Mas o futebol evoluiu, atingiu outro patamar. Ganha-se e perde-se dentro de campo. Não é preciso se preocupar com esses fatores. Isso tudo ficou para trás. Atualmente, os jogos da Libertadores são vistos no mundo inteiro, o que inibemuito esse tipo de prática."
LANCEPRESS