| 23/02/2010 08h28min
A julgar pela declaração de Hugo, o Grêmio chega à final da Taça Fernando Carvalho com meio time de grifes. Hugo reivindica vaga na equipe e alega falta de cartaz para explicar a reserva. Como ele acredita numa chance no meio para a frente, precisaria concorrer com Leandro, Douglas, Jonas e Borges as ditas grifes. É remota, porém, a hipótese de Hugo iniciar a final do turno, domingo, no Olímpico, contra o Novo Hamburgo.
O meia abriu no sábado a discussão sobre as grifes do time. Foi após a partida contra o Inter-SM. Disse que lhe falta nome e assim não conta com o apoio da crítica, embora tenha o carinho da torcida. Lembrou que já era assim nos três anos de São Paulo.
— Às vezes, não agrado ao profissional que transmite a partida. Mas a torcida tem grande carinho por mim, sempre pede a minha entrada — diz.
Por enquanto, nenhum dos concorrentes de Hugo está cotado para deixar a equipe. Em seu segundo jogo consecutivo desde que recuperou-se de lesão
no pé direito, Leandro melhorou de
produção. Douglas acrescentou criatividade. Na frente, a dupla Jonas e Borges se garante com gols.
— Silas é um treinador aberto e vai escalar quem estiver melhor. Respeito os companheiros, mas vim para cá no início do ano pensando em ser titular — avisa Hugo.
O técnico não é muito objetivo ao falar sobre o melhor lugar para Hugo. Não vê problemas em que ele atue ao lado de Douglas, também canhoto. Ou como segundo atacante.
— Quero jogador que, além de atuar com a bola, também volte para recompor a marcação — avisa.
Fã declarado de Hugo, o presidente Duda Kroeff acredita que qualidade, e não grife, garante um lugar no time. Para ele, Hugo é tão titular quanto os 11 jogadores que têm sido escalados por Silas.
— Se um jogador de primeiríssimo nível como ele luta por um lugar na equipe, é sinal de que o grupo está bem servido — entende Duda.
• Os homens de grife do
Olímpico:
Borges
É o que menos corre risco de perder a posição para
Hugo. Com 11 gols em 11 partidas, virou unanimidade entre os torcedores.
— Este pegou a camisa e disse: é minha — encanta-se Silas.
Leandro
Curado de lesão no pé direito, sofrida logo na estreia, tem mostrado o mesmo espírito combativo de seu tempo de São Paulo. Contribuiu com um passe para gol contra o Inter-SM. Tem liderança, algo que Silas admira.
Douglas
Está valendo o investimento de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 6,3 milhões). Por enquanto, vem cumprindo bem a função de organizador do time. Destaca-se pelos passes e lançamentos precisos. Só precisa ser mais participativo quando o time é atacado.
Jonas
Além de fazer gols, tem sido importante na preparação das jogadas. Após a última partida, foi elogiado por Silas por sua participação tática. Ainda assim, não é unanimidade entre os torcedores.
"A torcida tem grande carinho por mim, sempre pede a minha entrada", disse Hugo
Foto:
Rodrigo Berbigier