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Por onde andava William nas sete rodadas anteriores? É o que deve estar se perguntando o torcedor do Figueirense após a atuação de gala na tarde deste domingo, dia 11. Apague da mente os dois gols marcados na vitória contra o São Caetano. O mais valioso foi a completa transfiguração que o meia causou na equipe.
Em linhas gerais, é possível concluir que William era o ímpeto ofensivo que faltava a um time que já estava com a defesa arrumada. Antes de sua chegada, o Figueirense era um grupo bem armado, mas burocrático.
Faltava o lampejo, a explosão, a fagulha capaz de decidir uma partida. E ainda há espaço para progresso.
– Vou desenvolver um pouco mais, ganhar confiança e tenho certeza que vou crescer ainda mais no decorrer do campeonato – comentou o meia, que reafirmou sua condição de ídolo da torcida alvinegra após o primeiro gol, quando correu em direção à massa e, com os braços retesados, beijou o símbolo do clube, para êxtase geral.
Danilo foi outro que ganhou novamente a chancela da arquibancada. Ao entrar no segundo tempo, o Figueira estava com um a menos e era pressionado. Seu golaço devolveu a tranqüilidade. Mas além de habilidade, o meia também usou a experiência.
– Vou ensinar um segredo. Quando um jogador avança em diagonal, o goleiro acha que ele vai chutar cruzado. Eu procuro chutar cruzado e pegá-lo desprevenido – revelou ao repórter Helton Luiz, da rádio CBN/Diário, sem medo de que seu truque seja anulado.
Ao goleiro Sílvio Luiz, ex-Seleção Brasileira, que além de cair na armadilha de Danilo, ainda levou um frango vexaminoso, só resta olhar para a frente.
– Agora acabou, é passado, temos que pensar nos próximos jogos – declarou, 10 segundos após o apito final.
MAURICIO XAVIER / DIÁRIO CATARINENSE