Tão previsível quanto as chuvas que atormentam os paulistas neste início de ano foram as jogadas que renderam ao Palmeiras o empate em 1 a 1 com a Portuguesa na tarde de quinta-feira, no Palestra Itália, pela sexta rodada do Paulistão. Na base do “chuveirinho”, o Verdão, agora sétimo colocado, buscou empate com Danilo após Luis Carlos colocar a Lusa (nona), à frente do placar.

Ao contrário da energia do estádio alviverde, que caiu momentos antes de a bola rolar em virtude do temporal que atingiu a capital paulista, a partida foi bastante eletrizante, sobretudo no primeiro tempo. Por causa de uma drenagem ruim do gramado, o campo estava bastante encharcado, o que não favoreceu o toque de bola das duas equipes.

Sem Cleiton Xavier, suspenso, o Palmeiras teve dificuldades na armação das jogadas e começou a alçar bolas na área rubro-verde com insistência. Os comandados de Vagner Benazzi, por outro lado, aproveitaram-se do buraco deixado pelo setor defensivo dos mandantes para infernizar o goleiro Marcos, que completou seu 474 jogo pelo clube e entrou para o seleto grupo dos dez atletas que mais vestiram a camisa alviverde.

Aos quatro minutos, Héverton obrigou Marcos a molhar seu uniforme. Após escanteio da esquerda, o atacante aproveitou rebote e arrematou de primeira. O goleiro se esticou e espalmou para a linha de fgundo. Ainda na etapa inicial, o técnico Muricy Ramalho teve de queimar uma substituição, já que William entrou no lugar de Joãozinho, machucado. Mas foi a Lusa quem abriu o placar, após falha de Armero. A bola sobrou para Luis Carlos chutar rasteiro.

Ciente de que a troca de passes estava inviavel, o Palmeiras voltou para o segundo tempo certo de que usaria os cruzamentos, artimanha bem conhecida de Muricy, para empatar. De tanto insistir no chuveirinho, aos sete minutos, Figueroa cruzou da direita, o goleiro Fábio saiu mal do gol e Danilo arrematou de primeira, no canto esquerdo: 1 a 1. A 15 minutos do fim, Diego Souza ainda protagonizou bela jogada e acertou a trave. E foi só.