| 27/01/2010 03h27min
Se ainda não for a cara do técnico Jorge Fossati, o time titular do Inter que estreia no Gauchão, hoje às 19h30min contra o Juventude, no Beira-Rio, ao menos promete indicar ao torcedor um traço da personalidade do uruguaio cuja missão maior é buscar o bi da Libertadores: a obsessão pela pegada.
Elogo de cara, há uma invencibilidade a ser defendida. A última derrota do Inter no Campeonato Gaúcho ocorreu justamente para o Juventude, em abril de 2008. Em 2009, o Inter foi campeão invicto, repetindo a campanha de 1974. Sem rodeios, Fossati não fez mistério quanto à escalação. Não irá poupar forças até o Gre-Nal de domingo, em Erechim. É força total.
– Será a apresentação do time principal. Mas não tem essa de treino de luxo. Sei bem como funcionam as coisas em clubes grandes. É preciso ganhar sempre. Quero ser campeão gaúcho – avisou Fossati.
A marcação forte e adiantada é uma das características. O zagueiro Índio chega a fazer caretas ao tentar explicar
a obsessão de Fossati por marcar
forte e encurtar espaços.
– Ele cobra muito a ideia do time compacto. Exige demais que nós, especialmente os zagueiros, marquemos mais à frente, para compactar a equipe – afirma Índio. – “Pegada”, é o que ele nos pede todos os dias.
E foi o que se viu no treino aberto de ontem. Sandro, por exemplo, correu e disputou os lances como se deles dependesse sua ida para a Copa do Mundo. O mesmo aconteceu com D’Alessandro, de quem Fossati cobrou foco e envolvimento, sob pena de perder espaço. O uruguaio entende que precisará de seis a oito jogos para dar ao time o ritmo desejado. Não será o caso no Gre-Nal, portanto. Mas disso ele nem quer saber, por enquanto.
– Só falo do clássico a partir de quarta-feira, depois do jogo – decretou Fossati.
O time deverá ser o mesmo da vitória sobre o Cruzeiro-PA, no jogo do treino do último sábado. Três zagueiros, dois alas, dois meias, dois volantes e um atacante.
– A torcida verá,
para começar, vontade: esta é sempre minha exigência máxima –
avisa Fossati.