| 02/01/2010 06h11min
A direção pode até dizer que falta contratar apenas o lateral-direito, mas o novo técnico vai além. Sem o argentino Maxi López, quer um outro atacante de mesmo calibre. Diante da demora na chegada do camisa 2 e da possibilidade de tudo se encaminhar para mais um ano de improvisações, Silas encerrou ontem o assunto: quer um jogador da posição, de ofício. Nada de inventar zagueiros ou volantes.
Apesar das ressalvas, Silas entende que 90% do grupo para começar a pré-temporada a partir de terça-feira está definido. O que o deixa bastante satisfeito. O plano do treinador é deflagrar o trabalho de campo sem questões de gabinetes que possam interferir de alguma forma. Tirando o recado de que não usará Mário Fernandes ou o recém-contratado Ferdinando na lateral-direita, colocando os dirigentes na obrigação de contratar um especialista, Silas prefere deixar algumas decisões para a pré-temporada. O esquema, por exemplo: pode ser tanto o 4-4-2 (com dois volantes e dois meias ou em duas linhas de
quatro
jogadores) quanto o 3-5-2.
– Vai depender do planejamento de cada jogo – afirma Silas.
O aproveitamento de Douglas Costa segue a mesma lógica. Tanto poderá ser utilizado na sua posição de origem, como meia-atacante, quanto mais à frente, como atacante. Como se imaginava que Douglas Costa seria mantido no meio-campo, onde terminou o ano em boa fase, a revelação de Silas sinaliza para uma disputa dele com Hugo pela camisa 10.
Antes de cada decisão, seja pelo esquema ideal ou para definir utilização individual de cada um, o treinador pretende usar e abusar do diálogo.
– Quero conversar bastante com a zaga toda, assim como com os volantes e os laterais. Podemos usar os dois esquemas, 4-4-2 ou 3-5-2. Vou usar o esquema que ganhar – compara Silas.
Silas não quer entrar em detalhes sobre a não-utilização de Perea e Herrera. O Grêmio tenta negociar ambos com outros clubes, mas ainda não conseguiu. Mas está pessimista
quanto a permanência de Maxi López, a quem define como jogador
de “serviços prestados” em 2009 e “unanimidade” na torcida. Ficar apenas com Borges, Jonas e Leandro, portanto, nem pensar. É preciso ir atrás de um novo camisa 9 no mercado.
– Três atacantes no grupo é insuficiente. A diretoria sabe disso – resume Silas.
ZERO HORA