| 31/12/2009 09h05min
O atacante Maxi López pode se acertar com outro clube sem risco de ser punido pela Fifa por assinatura de duplo contrato. E, o que é mais grave, sem indenizar o Grêmio.
A interpretação é de Décio Neuhaus, advogado do Sindicato dos Atletas do Rio Grande do Sul. Para ele, o depósito judicial de R$ 3,75 milhões, cerca de € 1,5 milhão, não assegura ao Grêmio 50% dos direitos federativos do jogador. Conforme Neuhaus, não há valor legal o trecho do contrato em que Maxi prometia adquirir metade de seus direitos junto ao FC Moscou e repassá-los ao Grêmio.
– Apenas clubes podem deter direitos federativos de jogadores. Maxi não poderia negociar por conta própria com o Grêmio. Os direitos pertencem ao FC Moscou. Quem desejar o jogador deve negociar com os russos – afirma Neuhaus.
Na opinião do advogado, o Grêmio só estaria protegido se Maxi tivesse obtido junto ao FC Moscou, na época da contratação, um documento em que repassava ao clube gaúcho os direitos de sua transferência.
Neuhaus diz que somente a Fifa tem autoridade no caso, sem interferência da Justiça brasileira. A única punição possível a Maxi é forçá-lo a devolver ao Grêmio o valor que receberia se assinar novo contrato, com duração de três anos.
Integrante do jurídico do Grêmio, o advogado Rui Costa afirma que a questão é trabalhista, o que preserva os direitos do clube.
– É claro que estamos cientes de todos os riscos – diz Costa.
O Grêmio não conta mais com Maxi. O único interesse agora é financeiro. A intenção é receber algum tipo de indenização quando Maxi assinar com um novo clube. Mesmo que o valor seja inferior a 50% de seus direitos. Para isso, a única solução seria mesmo recorrer à Justiça trabalhista.
– Maxi vai se incomodar – garante um conselheiro.
Pelo Olímpico
Gabriel, 28 anos, no Panathinaikos, da Grécia, é solução para a lateral-direita. Já teve passagens por Fluminense, Cruzeiro, Málaga e São Paulo. E o centroavante argentino Claudio Bieler, ex-LDU, recusado pelo Grêmio, pode atuar no Lanús.
ZERO HORA