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 | 26/12/2009 20h04min

De férias em Florianópolis, Dorival Jr. diz que acredita em recuperação do Figueirense

Treinador santista comandou o Alvinegro no ano de 2002

Luciano Smanioto  |  luciano.smanioto@diario.com.br

Muitos dos técnicos mais badalados do cenário atual do futebol brasileiro já passaram por Santa Catarina. Nomes como Luiz Felipe Scolari, Adilson Batista, Muricy Ramalho, Cuca, Silas, todos cresceram profissionalmente após a passagem por clubes catarinenses. A maioria ainda volta para o Estado para rever amigos ou em férias. Ou optam por morar aqui. É o caso de Dorival Júnior.

Nas folgas entre as reuniões no novo clube, o Santos, Júnior descansa na Praia de Jurerê, em Florianópolis. É quase um manezinho. O namoro com a Capital já avançou duas décadas, depois de atuar pelo Avaí, e posteriormente ser treinador do Figueirense:

— Me encantei com a cidade desde a primeira vez que eu a conheci. Em 1985 vim jogar no Avaí e foi para mim o descobrimento da cidade. Me impressionei logo que eu cheguei.

Na época, era solteiro e repetia para a então namorada, hoje esposa, Valéria: “Um dia, se eu tivesse oportunidade, eu gostaria, quando terminasse a minha carreira, de vir morar em Florianópolis”. A oportunidade apareceu em 2002, no Figueirense, onde foi diretor de futebol e treinador. Por isso, tem um carinho muito grande e acompanha de perto os clubes da Capital.

— O Figueirense vinha fazendo um trabalho brilhante. Teve apenas um ano que teve dificuldade na Série A, nos demais sempre fez um trabalho muito regular e consistente. Acabou acontecendo uma caída, que não é demérito para ninguém, é uma situação momentânea, o clube pode se recuperar rapidamente. Assim como o Avaí, que subiu e em apenas um ano já fez campanha brilhante.

A passagem pelo Figueirense marcou o início de uma carreira que teve em 2009 seu ponto alto. Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro, com o Vasco, Dorival Júnior foi reconhecido como um dos grandes treinadores do Brasil atualmente.

– Foi um ano muito positivo. Um ano importante na minha carreira. Muitos diziam que o Vasco tinha obrigação de ser campeão brasileiro, mas só nós que trabalhamos ali sabemos o quanto foi difícil, as dificuldades que nós passamos – refletiu, satisfeito com o reconhecimento.

— Foi um ano em que eu tive um reconhecimento até acima do que eu esperava. Queira ou não, a projeção que você alcança em um grande clube do futebol carioca é muito grande. Foi um ano que superou as expectativas em todos os sentidos.

Dorival Júnior diz que o maior legado deixado em São Januário foi o resgate da confiança do torcedor vascaíno. Agora, ele espera fazer o mesmo na Vila Belmiro. Entre um jogo e outro, ele volta para Floripa, onde mora a família, para matar a saudade.

DIÁRIO CATARINENSE
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