| 22/12/2009 04h31min
Tudo indica que Maxi López jogará na Lazio em 2010. O Grêmio foi ontem a Buenos Aires para acertar a compra de 50% dos direitos federativos do jogador, mas a investida dos italianos parece tê-lo seduzido. Diante do impasse a ser resolvido hoje à tarde, em novo encontro, os gremistas podem lucrar algo em torno de R$ 1,2 milhão. Trata-se da diferença entre os valores pagos ao FC Moscou, dono do atacante, e recebidos da Lazio.
O argentino voltou ontem a Buenos Aires, depois das férias. Aproveitou o giro europeu cuja última parada foi Paris para passar três dias em Roma. Saiu da capital italiana na última sexta-feira, depois de conversar com o diretor esportivo da Lazio, Igli Tare. Reunidos no centro esportivo do clube, em Fornello (arredores de Roma), acertaram salários em torno de 109 mil euros por mês. Equivale a cerca de R$ 275 mil, R$ 100 mil acima dos vencimentos atuais.
Procurado ontem por ZH, o albanês Tare (ex-centroavante da própria Lazio)
desconversou.
– Não posso confirmar nada.
Não posso falar sobre esta situação – declarou, lacônico, por telefone.
Admitiu, porém, chance de contratação. Justamente quando mencionada uma engenharia financeira complexa, cujo resumo aponta que o Grêmio compra Maxi dos russos e o revende aos italianos.
A vontade do centroavante é jogar na Itália. De seu representante, Dario Bombini, também. Quem afirma é o jornalista italiano Daniele Rindone, responsável pela cobertura da Lazio no jornal Corriere dello Sport.
– O empresário pressiona o Grêmio – disse Rindone, por telefone.
Bombini postergou qualquer anúncio para hoje. Teve uma segunda-feira agitada, com três reuniões. Na primeira, ouviu os argumentos dos representantes do Grêmio, o gerente executivo jurídico, Claudio Batista, e o administrador Gilmar Machado. Depois, o grupo recebeu Maxi para pouco mais de uma hora de conversa. Por fim, Bombini e o jogador conversaram separadamente.
– Estamos na metade da
negociação. Se fecharmos, já assinamos contrato amanhã (hoje).
Ou dá, ou desce – explicou Batista.
O diretor de futebol, Luiz Onofre Meira, assegurou que o Grêmio manteria posição de exercer a cláusula contratual que lhe dá preferência para compra até 31 de dezembro. Cumprido isso, Maxi renovaria por três temporadas. Como o salário no Olímpico é de US$ 100 mil e a moeda americana se desvalorizou ao longo de 2009, o argentino ganharia espécie de reajuste ao embolsar R$ 2,04 milhões na negociação com os russos.
Meira duvidou, inclusive, da capacidade de pagamento da Lazio. Citou o exemplo de Réver, cujo negócio não saiu porque o clube gostaria de parcelar a compra. O presidente Duda Kroeff tomou um caminho diferente.
– A Lazio está interessada e o Grêmio, também. Ele (Maxi) deve estar fazendo uma avaliação para ver qual é o melhor salário. Não é dar R$ 1 a mais e ganhar – sustentou.
Argentino esteve em Roma na semana passada e acertou salários com o diretor esportivo do clube italiano
Foto:
Diego Vara