| 20/11/2009 04h40min
Os bastidores do Beira-Rio fervilharam no embalo de uma estratégia que vai ganhando força nas imediações da Avenida Padre Cacique. Ganhar do Atlético-MG no Mineirão, domingo, seria ótimo, mas um pragmático empate agora é visto pelos jogadores com brilho nos olhos. O plano é jogar fechadinho, apostando na lógica de virar o feitiço contra o feiticeiro. Já que o inimigo adora o contra-ataque, qual o problema de adotá-lo como contraveneno?
Conforme os cálculos da
comissão técnica, o Atlético-MG
faz menos gols em casa do que fora: 26 a 28. A conclusão é de que, longe do Mineirão, o time do técnico Celso Roth espera o inimigo para depois dar o bote com os velozes Diego Tardelli e Éder Luís. Mas em casa é preciso propor o jogo, se abrindo um pouco mais, como na derrota por 3 a 1 para o Flamengo. Existe uma espécie de batismo para a jogo de domingo circulando pelo Beira-Rio: o jogo do contra-ataque.
– Ainda mais com um campo daquele tamanho – admite o lateral Kleber.
O volante Sandro é um dos mais enfáticos no reforço da visão de que empate é bom resultado depois da derrota do Palmeiras, que estacionou nos 59 pontos. Em caso de empate, portanto, o Inter (56) ficaria a apenas dois pontos da terceira colocação, última vaga direta para a Libertadores. Quem fica em quarto lugar precisa disputar um mata-mata qualificatório antes da fase de grupos.
– Vamos marcar e sair no contra-ataque. Se a gente fizer o primeiro gol, então... Aí é de fechar a
cozinha mesmo! – suspira Sandro.
O
time e o esquema da vitória sobre o Santos por 3 a 1 deverão ser mantidos. Com uma pequena alteração: o lateral-direito Danilo Silva terá funções mais defensivas. Sem a bola, será quase um terceiro zagueiro, para ajudar a conter Tardelli e Éder Luís. O técnico aposta em Giuliano e D’Alessandro para acionar Marquinhos e Alecsandro no contragolpe. Bolívar, um dos principais líderes do Inter, não revela qual o sistema será utilizado. Mas dá alguns indícios:
– O 4-4-2 neutraliza a infiltração por trás dos zagueiros e permite ligar o contra-ataque – sinaliza Bolívar.
A viagem para Belo Horizonte é hoje, às 18h. Amanhã, o treino é na Toca da Raposa. Até ontem, 34,5 mil ingressos haviam sido vendidos.
Sandro aprova ideia do contra-ataque no Mineirão: “Se fizer o primeiro então, é de fechar a cozinha”
Foto:
Fernando Gomes