| 09/11/2009 05h10min
A paciência do técnico Mário Sérgio durou até começarem as críticas mais fortes ao rendimento do time sob o seu comando.
Ontem, após o empate em 1 a 1 com o Barueri, ele se soltou: se irritou, reclamou, até dirigiu ele mesmo uma pergunta a um jornalista de São Paulo sobre o desempenho do Inter, invertendo a lógica da entrevista coletiva, como se os gaúchos não estivessem compreendendo o alcance do seu trabalho.
Todo o ser humano, quando se sente acuado, têm o direito de se defender e até de se "irritar", como referiu Mário Sérgio. Mas uma figura pública precisa saber conviver com a crítica em um nível muito acima dos pobres mortais. Não foi o caso ontem (confira o comentário em vídeo).
É injusto dizer que só se analisa o Inter pelo resultado. Contra o São Paulo, apesar da derrota, o time e o desempenho de Mário Sérgio na partida foram fartamente elogiados. Até mais do que no Gre-Nal.
Também não é verdade que uma hora se cobra manutenção de esquema e na outra o contrário. As duas linhas de quatro, de tão bom desempenho no Morumbi, cederam espaço para o 3-5-2 na derrota com má atuação diante do Botafogo por opção do treinador, sem pressão de nenhuma espécie.
Bem, mas uma entrevista fora do lugar pode ser só isso mesmo: apenas uma entrevista fora do lugar. Nada impede que o Inter de Mário Sérgio ainda conquiste ao menos vaga no G-4, a começar com vitória sobre o Santos no Beira-Rio, domingo.
Trata-se de um profissional respeitado, com história no clube como jogador. Merece um voto de confiança. Mas será preciso jogar melhor, ao contrário do que sinalizou o treinador na entrevista de
ontem. Isso é certo.
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