| 22/10/2009 15h25min
Na série de torcedores fanáticos pela dupla Gre-Nal, é a vez de Felipe Barcelos Alves. Ele mandou o seu relato para o e-mail esportes@clicRBS.com.br e está tendo a história publicada aqui. Você pode fazer o mesmo. Não esqueça de inserir dados como nome completo, idade, ocupação e um telefone de contato.
Confira:
Minha história mais louca pelo Inter foi em 1999. Eu morava em Pelotas, era estudante e dividia um quarto em uma pensão no centro da cidade. Quando vi que o Inter corria sérios riscos de ir para a Segundona, convidei meu colega de quarto (Tarles Xavier) para irmos ao jogo. Porém não tínhamos mais do que R$ 10 cada um. Estudante está sempre pelado! Mas nosso amor ao time era maior do que isso! Precisávamos estar no
Beira-Rio naquela noite!!! Era contra o Palmeiras de Felipão, e qualquer ajuda naquela
hora era bem vinda! A gente se olhou e disse: "Vambora!"
Liguei para um amigo que morava em Porto Alegre e ele comprou para nós dois ingressos, que na ocasião estavam a preços promocionais (R$ 1). Já eram apenas R$ 9 para vir de Pelotas, assistir ao jogo e voltar. Pegamos um moletom para a noite e viemos com 10 "pila" na carteira, cada um. No trevo da Polícia Rodoviária de Pelotas, ficamos pedindo carona por meia hora, quando conseguimos uma até o trevo de Camaquã. Sob sol fortíssimo, caminhamos mais de quatro quilômetros até o outro trevo, onde ficava a Polícia Rodoviária de Camaquã (em postos da polícia é sempre mais fácil pegar carona porque os carros passam devagar).
Aí, depois de mais meia hora, pegamos outra carona até a zona norte de Porto Alegre. Bom, estávamos na Zona Norte no final da tarde, mas tínhamos que ir até o Menino Deus pegar os ingressos e ir para o Beira-Rio. Gastamos mais R$ 2,50 num cartão telefônico e ligamos para o meu amigo. Marcamos encontro
no apartamento dele e
pegamos o trem até o Centro. Do Mercado Público, caminhamos até o apartamento do meu amigo, depois do Praia de Belas. Pegamos os ingressos e fomos para o Beira-Rio. Um cachorro quente para cada um e um refri para os dois. Nossa contabilidade era de R$ 5 em cada bolso. Entramos no estádio.
O gol de Dunga no final do jogo, o apagão, isso todo mundo lembra. O jogo terminou meia-noite. E agora? Como voltar para Pelotas? Usei de malandragem e perguntei para a Fico Pelotas (Força Independente Colorada, torcida organizada do Inter) onde estava o ônibus deles. Fomos lá, ainda compramos um churrasquinho cada um e entramos no ônibus. Era muito escuro no estacionamento, nos misturamos aos sócios da Fico e entramos no ônibus. Meu amigo sentou num banco e eu me escondi dentro de uma prateleira horizontal que tinha no fundo do ônibus, mas logo que pegamos a estrada eu saí dela porque a festa era geral!
Enfim, eram 4h da manhã quando desembarcamos na Av. Bento Gonçalves, em Pelotas.
Chegamos de volta em
casa em torno de 4h30min, e com algumas moedas no bolso! Essa eu vou levar comigo para o resto da minha vida, mas é coisa de COLORADO! Nós fazemos de tudo pelo nosso Inter e tudo sempre vale a pena!
Meu nome é Felipe Barcelos Alves, tenho 34 anos, sou Analista de Suporte, moro em Lajeado e sou casado com uma gremista, e vivemos em paz. É isso que esperamos das nações gremista e colorada: PAZ nesse Gre-Nal!
Felipe mandou o relato dele após ver no site a charge com a história da colorada Aline Menéndez Dutra.
• Confira a loucura dela na animação:
CLICESPORTES