| 17/09/2009 04h37min
De Kaiser azul a reserva. Dois anos após surgir marcando gol em Gre-Nal e ser comparado a Beckenbauer pelo então presidente Paulo Odone, o zagueiro Léo perdeu o lugar no time do Grêmio. O técnico Paulo Autuori já confirmou Rafael Marques ao lado de Réver na partida contra o Fluminense, domingo, no Olímpico.
Léo discorda dos críticos, que hoje já não exaltam as virtudes exibidas pelo zagueiro ao ser promovido por Mano Menezes em 2007. Parte da torcida faz reparos a uma suposta lentidão. Extremados, alguns integrantes do Grêmio Novo, um dos movimentos políticos do clube, chegaram a festejar na internet a lesão muscular sofrida pelo jogador na derrota para o Santos, dia 19 de agosto, pela 20ª rodada do Brasileirão. O gesto mereceu a reprovação das correntes políticas ligadas à direção. E forçou um pedido de desculpas também na internet.
– Acredito que esteja jogando o mesmo. Não me considero lento. Pelo contrário, me sinto rápido, forte e capaz de antever as jogadas – diz
Léo, sem sinais de quem
guarda rancor.
Ele também não aceita a observação de que tenha mergulhado em crise técnica a partir de 2008, quando deixou de ser convocado por Dunga para os Jogos de Pequim e não teve confirmada uma transferência para o futebol europeu. Léo acredita ter enfrentado apenas as dificuldades normais da carreira. E confia ter crescido com elas.
– Senti um pouco só no começo. Foram duas semanas, no máximo. Tanto que fiz um bom resto de Brasileirão e marquei quatro gols na Libertadores deste ano – lembra.
Medindo as palavras para não parecer queixa, Léo admite que seu rendimento possa ter sido afetado pela opção de Autuori por um sistema com apenas dois zagueiros. Quando atuava pelo lado direito, como stopper, ele tinha mais liberdade para chegar à frente e até marcar gols.
Disposto a recuperar seu lugar no time, o zagueiro pretende ficar longe de comentários sobre uma possível transferência.
– Já falei para os diretores
e empresários que só aceito falar sobre uma saída quando
chegar uma coisa certa – destaca.