| 17/09/2009 04h20min
Os três gols do Cruzeiro no Beira-Rio arranharam a imagem de uma defesa em que Índio, Bolívar, Sorondo, Eller e Danny disputam duas vagas. São 30 gols em 24 jogos, mais de um por partida. E o mais preocupante: um terço deles aconteceu dentro da pequena área, terreno em que Lauro deveria estar bem guarnecido.
A comparação com os dois concorrentes imediatos ao título já serve para deixar o Inter em alerta. O Palmeiras sofreu 23, mesmo número do São Paulo. O Grêmio ocupa o terceiro lugar, com 28. Os colorados vêm a seguir.A diferença para eles é que o Inter faz mais gols e nisso sustenta sua campanha.
A matemática dos gols é contestada pelo auxiliar técnico Cléber Xavier. Para ele, o time é o mais equilibrado do Brasileirão. Ampara-se no saldo de 17 gols, o melhor da Série A, para reforçar sua tese.
– A defesa do Grêmio sofreu 28 gols. Significa que o Grêmio está bem e nós estamos mal? Não. Significa que o Inter é o time mais equilibrado do
campeonato. Também somos quem mais fez gols
(47) – compara Xavier.
O auxiliar entende ainda que os gols de domingo aconteceram pela falta de entrosamento da defesa. Danilo, Sorondo, Eller e Kleber estavam juntos pela primeira vez. As mudanças prosseguirão contra o Vitória, sábado. Bolívar foi suspenso por dois jogos, ontem em julgamento no STJD, e precisará cumprir o segundo em Salvador. Sorondo, punido com um, e Índio, absolvido, estão liberados e permitem a Tite até retomar o esquema 3-5-2.
Com a entrada de Eller, o time diminuiu a média de gols para menos de um por jogo. Foram três nas últimas quatro partidas.
Apesar da tese de que o ataque compensa equívocos da defesa, o dia de ontem foi reservado para treinos específicos com os zagueiros. Tite exigiu deles em trabalhos de posicionamento na bola aérea e nos contra-ataques, quando dois zagueiros tinham que enfrentar três atacantes.
Os 30 gols sofridos
Conclusão da pequena
área 10
De pênalti 5
De falta 3
Chute de fora da área 3
Chute
de dentro da área 5
Cabeça 2
Contra-ataque 2