| 24/08/2009 05h18min
Antes, era o melhor grupo de jogadores do Brasil. Aos poucos, com as perdas da Copa do Brasil e da Recopa, somadas a inconstância de desempenho no Campeonato Brasileiro, o discurso mudou. Desde a derrota de sábado para o Palmeiras por 2 a 1, que tirou o clube do G-4 pela primeira vez, o Inter aposta nos reforços recém contratados para retomar o padrão de qualidade perdido em algum lugar do passado recente.
É este o tom do discurso desde a segunda derrota seguida no returno – a primeira foi para o Corinthians, no Beira-Rio, no última quarta-feira. Assim, os nomes do atacante Edu, do zagueiro Fabiano Eller e até daqueles que deixaram a equipe, entre outros motivos, justamente pelo mau momento que enfrentavam, agora aparecem como solução para a retomada de qualidade do time.
O retorno ao grupo do volante Magrão, que se recupera de um cálculo renal, passa a ser considerado reforço. Vale o mesmo para D’Alessandro, este ainda com dois jogos de suspensão a cumprir por conta
dos incidentes dos quais
foi personagem na final da Copa do Brasil, no Beira-Rio. Magrão já acompanha a delegação que viaja a São Paulo. No Parque Antártica, para tentar reverter o resultado, Tite viu-se obrigado a recorrer ao estreante Wagner Libano, desconhecido da torcida. Nem zagueiro havia no banco. Para substituir Danilo Silva, suspenso, só há Daniel da posição.
O primeiro a reconhecer as deficiências é o vice de futebol Fernando Carvalho. São os novos reforços que irão alterar a composição do grupo de jogadores antes avaliado como um dos melhores do Brasil e, por isso, suficiente para ser campeão brasileiro, que dão ao presidente campeão do mundo em 2006 a crença em um futebol de mais qualidade.
– É claro que haverá um acréscimo de técnica, pois são jogadores que fazem muita diferença. Por isso, digo que a nossa obrigação é de título. Quando o treinador tiver todos os jogadores à disposição teremos mais opções para melhorar. Mesmo assim, nunca é demais lembrar, ainda temos duas partidas
a menos – afirma
Carvalho, que creditou os erros de passe em série a causa principal da derrota para o Palmeiras.
O problema, agora, além de técnico, passa a ser anímico. Pelo menos é esta a análise do Alecsandro. O centroavante admite que o time foi surpreendido pelas derrotas, uma vez que vinha de três vitórias seguidas e se imaginava embalado para alcançar a liderança. Com a derrota, a distância para o líder Palmeiras ficou em sete pontos, inalcançável mesmo em caso de sucesso nos jogos atrasados, contra Santos (quarta-feira) e Atlético-MG (2 de setembro, no Beira-Rio).
Se empatar na quarta-feira, o Inter volta ao G-4 com 34 pontos e toma o lugar do Avaí (que venceu o Flamengo), pois tem mais vitórias (10 contra nove do time catarinense).
> O banco de sábado |
Michel Alves |
Daniel |
Maycon |
Glaydson |
Wagner Libano |
Bolaños |
Marquinhos |
Em lance diante do goleiro Marcos (D), o atacante Taison levou pouco trabalho ao Palmeiras, que aproveitou os seguidos erros do time gaúcho
Foto:
Divulgação, VipComm