| 12/08/2009 22h18min
As chapas que concorrerão às próximas eleições para a Presidência e para o Conselho Deliberativo do Grêmio continuarão sujeitas à cláusula de barreira de 30% dos votos dos conselheiros do clube. A proposta que previa a redução para 20% não foi colocada em votação na noite desta quarta-feira, em reunião no Estádio Olímpico.
Isso porque, dos 161 conselheiros que assinaram a ata, oito foram embora antes do início da reunião. Assim, os 153 que ficaram não foram suficientes para atingir o quorum mínimo, de 154. Sete conselheiros também se manifestaram contrários à proposta quando o presidente do Conselho, Raul Régis de Freitas Lima, fez a checagem do quorum, inviabilizando a votação.
O conselheiro Eduardo Antonini, do movimento Grêmio Novo, acusou os conselheiros que dão sustentação ao presidente Duda Kroeff de esvaziarem propositalmente a reunião para que a cláusula de barreira não fosse votada. A proposta precisava ser votada hoje, com um ano de antecedência, para que, se aprovada, entrasse em vigor nas próximas eleições.
— Novamente o Conselho faltou com o Grêmio. Não é a primeira nem a segunda reunião que nós temos baixíssimo quorum. Foi claramente uma manobra política para que no ano que vem a eleição mais uma vez seja decidida no conselho e não pelo voto do associado — reclamou Antonini.
Na prática, a próxima eleição do Grêmio será igual a anterior. Para que uma chapa concorra à Presidência do clube, seguirá precisando da aprovação de, pelo menos, 30% dos conselheiros. Atingindo um percentual menor do que este, nem passa para a fase de aprovação dos sócios do clube.