A Confederação Brasileira de Atletismo publicou nota, nesta segunda, pedindo que as suspeitas de doping sejam esclarecidas. A entidade disse que se há mais atletas atletas envolvidos com substâncias proibidas, os órgãos competentes precisam ser comunicados.

Na semana passada, a entidade suspendeu por dois anos os atletas Bruno Lins, Jorge Célio Sena, Josiane Tito, Lucimara Silvestre e Luciana França por uso de eritropoetina.

Confira a nota oficial da CBAt

A CBAt e o Rede Atletismo, em tempo célere, apuraram, dentro do que lhes era possível, a questão da utilização de substâncias proibidas por parte de alguns atletas.

Entretanto, pela mídia, toma-se conhecimento de que supostamente algumas pessoas sabem do envolvimento de outros desportistas com essa prática, no episódio sob investigação. Se esse for o caso, cabe a essas pessoas o dever, embora doloroso, de comunicar-nos o que sabem.

Independente da continuidade de nossas apurações, os fatos, em sua totalidade, só poderão ser conhecidos com a colaboração da comunidade atlética nacional, pois não é justo que alguns sofram punições e outros não.

O atletismo brasileiro, de festejada trajetória internacional, em sua esmagadora maioria, abomina a prática do doping. É hora, portanto, da união de todos para que se supere esses acontecimentos com total esclarecimento dos mesmos, para que, muito em breve, se tornem apenas uma lamentável lembrança.

A Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, em inglês) também se manifestou sobre o caso. O presidente da entidade Lamine Diack disse que a decisão de realizar os exames e punir os atletas foi da CBAt, que teve uma postura exemplar no caso.

– Em todo o tempo, as regras da IAAF foram seguidas e os direitos dos atletas respeitados durante o processo. Para se manter à frente da guerra contra o doping, a IAAF precisa do apoio de todas as 213 federações e eu acredito que a recente ação da Confederação Brasileira é louvável e serve de exemplo a todos – destacou o senegalês.