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 | 05/08/2009 16h41min

De Rose diz que atletas também são responsáveis por doping

Médico da Agência Mundial Antidoping explica que substância usada por brasileiros só pode ser aplicada por injeções diárias

Membro da Agência Mundial Antidoping (Wada, em inglês), o médico Eduardo De Rose disse que é muito difícil um atleta flagrado com eritropoietina recombinante (EPO) não a ter usado intencionalmente e que o desconhecimento não influi na pena. Nesta quarta, o treinador Jayme Netto assumiu a culpa pelo doping de Bruno Tenório, Jorge Célio Sena, Josiane Tito, Luciana França e Lucimara Silvestre. Eles estavam se preparando para o Mundial de Atletismo, que começa no dia 15, em Berlim.

– O desconhecimento não influi na pena. Não é um argumento de defesa no meio esportivo, pois o atleta assume a responsabilidade pelo que está sendo injetado.

Segundo Jayme Netto, os atletas tomaram, cada um, duas injeções na barriga. O treinador disse não saber que a dose era considerada doping. De Rose explicou que a substância tem que ser aplicada em injeções diárias e que o efeito dura 90 dias. O exame antidoping, solicitado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT), foi realizado no dia 15 de junho.

– São injeções intra-musculares, normalmente no antebraço. Os atletas costumam começar a usar a substância 90 dias antes da data da performance. Ela faz uma limpeza grande.

A eritropoietina recombinante faz parte da primeira geração do (EPO): foi descoberta em 1988, no Canadá. Ela estimula a produção de glóbulos vermelhos no sangue e aumenta a capacidade aeróbica. Na medicina, é indicada para pacientes renais crônicos, com o objetivo de combater fortes anemias. A pessoa perde água e o sangue fica pastoso.

– Não é uma medicação fácil de obter. É indicada em pessoas que têm rim artificial ou que têm anemia forte – disse.

As informações são do site Globoesporte.com.

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