| 25/07/2009 15h10min
O acidente de Felipe Massa assustou a todos no mundo do automobilismo. A batida foi causada por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello e bateu no capacete do piloto brasileiro da Ferrari, que passou por uma bem-sucedida cirurgia no Hospital Militar de Budapeste para a retirada de um fragmento ósseo. Além de um corte na testa, de cerca de oito centímetros, ele sofreu uma lesão na parte esquerda do crânio e uma concussão cerebral, de acordo com site Globoesporte.com.
Para Dino Altmann, médico oficial do GP do Brasil e da Stock Car, especialista em segurança no automobilismo, o tratamento de um caso como o de Felipe Massa pode demorar até seis semanas. Tudo vai depender de como o piloto reagirá ao tratamento.
– Depende muito de como ele responderá ao tratamento. Normalmente, leva de duas a seis semanas para uma boa recuperação. Mas não sei a magnitude disso tudo, não tenho nenhum dado objetivo sobre o caso. Depois, o piloto passa por um exame
neuro-psicológico para voltar a
correr. Se estiver tudo normal, ele é liberado. A agitação é normal em um caso de concussão cerebral – diz Altmann.
A forma em que a mola bateu no capacete de Felipe Massa também pode ter ajudado o brasileiro a não sofrer lesões mais graves. O vídeo do acidente (assista acima) mostra que ela bateu com sua área lateral. Se o impacto fosse frontal, as consequências seriam imprevisíveis.
– A superfície de contato é importante na transferência de energia. Quanto menor, mais forte é o impacto. Os capacetes são feitos para resistir a altíssimas forças. Não só a parte de fora, mas o acolchoamento interno é feito para tentar impedir a transferência de energia para o cérebro. Foi um impacto muito forte. Ele teve um afundamento de calota craniana, por isso ele teve de ser operado. Foi um impacto bastante violento, mas por sorte não atingiu a massa encefálica.
Massa foi atingido na cabeça por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello
Foto:
Felix Heyder, EFE