| 10/04/2003 10h39min
Porto Alegre aparece na pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como a capital do país com a segunda maior variação do indicador no mês de março. Com um movimento de 1,59%, a região da capital gaúcha se coloca atrás apenas de Recife, onde se observou uma taxa de 1,69%. Nacionalmente, o IPCA teve variação de 1,23% e ficou 0,34 ponto percentual abaixo do índice apurado em fevereiro, de 1,57%.
Na capital do Rio Grande do Sul, pelo estudo elaborado pelo IBGE observa-se uma leve variação positiva de 0,04 ponto percentual no comparativo fevereiro/março. No mês anterior, o IPCA na região foi de 1,54%. Fenômeno semelhante ocorreu em Belém do Pará, Belo Horizonte e Recife, regiões nas quais os indicadores passaram de 1,26% para 1,44%; de 1,19% para 1,57% e de 0,53% para 1,69% respectivamente.
Depois dos primeiros três meses de 2003, a inflação acumulada medida em Porto Alegre chega a 5,24% e supera o indicador nacional, cujo valor, no mesmo período, ficou em 5,13%. Se confrontado aos dados de 2002, o índice brasileiro é superior em 3,64 pontos percentuais. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 16,57%, resultado superior aos 12 meses imediatamente anteriores (15,85%). Em março de 2002, o IPCA foi de 0,60%.
A menor concentração de reajustes em ônibus urbanos (de 5,91% em 1,75%) e mensalidades escolares (de 6,54% para 0,87%) foi a principal causa da redução do IPCA de fevereiro para março no Brasil. Além disso, os preços da gasolina caíram um pouco (de 3,29% para -0,31%) e os do álcool subiram menos (de 11,82% para 2,57%).
Na mesma linha do movimento inflacionário apurado pelo IPCA, Porto Alegre registrou em março uma alta de 0,5 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O indicador passou de 1,26% em fevereiro para 1,76% em março. No país, o INPC variou 1,37%, ficando abaixo, também, do resultado anterior, de 1,46%. Os alimentos, com 1,61%, aumentaram mais do que no mês anterior, que teve taxa foi 1,29%. Os não-alimentícios passaram de 1,54% para 1,26%.
Em três meses, o acumulado na capital gaúcha chega a 5,07%. Nacionalmente, o indicador avança a 5,39%. Nos últimos 12 meses, o índice, no país situou-se em 18,54%, resultado superior aos 12 meses imediatamente anteriores (17,66%). Em março de 2002 o INPC situou-se em 0,62%.
As diferenças de metodologia entre o IPCA e o INPC estão nos grupos analisados. Enquanto o primeiro se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, o segundo considera como base os grupos de um a oito salários-mínimos. Ambos têm como referência nove regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia e de Brasília.