| 15/07/2009 18h29min
Uma breve olhada no site do Clínicas Rincón dá a noção exata do status que o pivô Paulão Prestes já adquiriu no basquete espanhol. Tratado como a joia da coroa por sua equipe, o jovem de 21 anos está pronto para colocar todo o seu talento à disposição da seleção brasileira masculina de basquete.
No Torneio Internacional de Almada, no último fim de semana, Paulão já deu mostras de seu potencial e, além de terminar como o melhor reboteiro, foi eleito o melhor jogador da competição. Na terça-feira, na estreia nos Jogos da Lusofonia, o pivô ficou fora da vitória sobre Cabo Verde por 90 a 72, por recomendação médica.
O bom momento vivido pelo pivô contrasta com a desconfiança que teve de enfrentar quando desembarcou na Espanha cerca de 10 quilos acima do peso considerado o ideal pela comissão técnica. Mas depois de um período de adaptação, ele diz que todo o sacrifício que passou está sendo recompensado.
— Também enfrentei problemas com o idioma e com a comida, mas hoje estou acostumado. Tudo o que passei valeu a pena. Quero ser um jogador importante no basquete mundial — afirmou.
A principal referência de Paulão para chegar ao topo também atua na Espanha e defende a seleção brasileira: o pivô Tiago Splitter. Assim como Paulão, o catarinense chegou com pouca idade ao basquete europeu, passou por um período difícil, mas depois despontou como um dos principais jogadores do time.
E as coincidências não param por aí. Depois de atuar por dois anos no Bilbao Berri, Splitter transferiu-se para o Tau Cerámica, uma das equipes mais respeitadas da Europa. O caminho é o mesmo que será traçado por Paulão. Na próxima temporada, ele deixará o Clínicas Rincón para atuar no Unicaja, clube que disputa a Euroliga.
— O Tiago é um pivô muito respeitado e com uma trajetória parecida com a minha. Com certeza é a minha maior referência.
A oportunidade de estar com Splitter na Copa América anima ainda mais o paulista de Monte Aprazível, uma pacata cidade de 19.745 habitantes, localizada 484 quilômetros a Noroeste de São Paulo. No ano passado, por causa de uma lesão, ele foi cortado do Pré-Olímpico Mundial, na Grécia, e não pôde atuar ao lado de sua referência.
— O fato de poder jogar com o Splitter me deixa ainda mais motivado nos treinos e nas partidas – afirmou Paulo, cujo objetivo também é jogar na NBA e que por isso deve colocar seu nome no próximo draft.
LANCEPRESS