| 14/07/2009 08h10min
Nenhum jogador do Criciúma representa mais o renascimento da equipe na Série C como o meio-campista Glaydson, 26 anos. Autor de três dos seis gols marcados pelo Tigre na competição, o mineiro de Governador Valadares tem mostrado em campo a mesma garra que o faz superar uma história de vida sofrida desde a infância.
Há 15 anos, uma tragédia se abateu sobre a família Simões, no interior de Minas Gerais. O pai do jogador, Sebastião, sofreu um acidente de trabalho numa rede de alta tensão e teve os dois braços amputados. Na época, Glaydson recém havia feito 11 anos e já alimentava o sonho de ser jogador de futebol. Mas o acidente com o pai o fez enxergar a necessidade de dar um futuro melhor para a família.
A carreira começou no Democrata, da cidade natal. Em 2004, o jogador foi profissionalizado e herdou a atual posição, de volante. Até então, na base da equipe mineira, o jogador atuava como atacante, o que talvez explique o atual faro para os gols.
— Eu brinco
sobre isso com os
companheiros, e eles ficam rindo, não acreditam. Mas virei volante porque sempre tive muita força física — justifica.
O jogador passou por clubes inexpressivos como Colinas (Tocantins), Mineiros (Goiás), Águia de Marabá (Pará) além do próprio Democrata. Mas a partir de 2007, Glaydson subiu um degrau na carreira e foi para o CRB (Alagoas).
Roberto Fonseca trouxe o atleta ao Criciúma
Em 2009, veio a chance no rico futebol paulista através do Oeste, de Itápolis, onde conheceu o técnico Roberto Fonseca, que avalizou sua contratação pelo Tigre. Casado e pai de três filhas (Gabriela, 9, Jamile, 5, e Jasmin, um mês), Glaydson acredita que o Criciúma possa ser o trampolim para uma carreira bem sucedida.
— Posso dizer que estou bastante feliz porque as coisas estão fluindo a nosso favor, mas meu pensamento é de viver dia após dia — completa o jogador, que tem contrato com o clube até 30 de setembro.